quarta-feira, 24 de junho de 2009

Bar do Galdino: Um desprazer!

Detesto falar mal de buteco. Sou um cara que considera e reconsidera várias coisas, situações e momentos antes de fazer uma crítica. Mas tem hora que “é foda!”. Não dá pra perdoar...

Fui, durante a semana, no Bar do Galdino, em seu novo endereço, na Avenida dos Andradas. Trata-se de um bar tradicional na cidade, cujo dono é conhecido como o “Rei do Mexidão”.

Conheço o bar a partir do endereço da Padre Café. Já tinha fama de um bom local e eu sempre quis comer o famoso mexidão. Como não era caminho e nem próximo de casa, fui deixando isso pra depois, até que ele mudou-se para o “círculo” de bares do São Mateus, um amontoado de esquinas que sempre foram points de restaurantes de nossa cidade. O Bar virou Restaurante. Lá experimentei pela primeira vez o mexido: Excelente, era verdade!
Mas como o lugar era restaurante, deixei logo de lado, meu negócio é buteco!

Passado o tempo, notei que abriu, na Andradas, numa esquina, um bar de nome "Galdino, o Rei do Mexido". Ora, só pode haver um Galdino! (Highlander! rs) Procurei saber e me falaram que o Sr. Galdino, mesmo antes de ter o bar da Padre Café, trabalhava naquelas imediações, salvo engano em uma barraquinha de rua, e cresceu a partir dali.

Não sei o que houve com o bar do São Mateus, se foi vendido, se fechou ou outra coisa, mas já fiquei com vontade de ir ao novo endereço desde que soube de sua localização.

Ensaiei a ida algumas vezes, mas por fim, fui esta semana, como disse no início do texto.

O lugar tem cara de buteco mesmo, porções, caldos, sanduíches, prato feito (até elaborados!) e o famoso mexidão em quatro variações. Só falta a estufa de tira gosto, mas há um balcão que até bolo tem, no estilo "pau pra toda obra"...

Pedi uma cerveja e a minha esposa uma limonada. Cerveja Itaipava gelada e uma limonada bem feitinha, com gelo, como devem ser. Já achei esquisito o garçom ter que ir ao balcão saber se tinha limonada na casa, mas tudo bem, podia ser um novato e coisa e tal e tal e coisa.

Estranhei o preço do mexido. Nada de mais, uns R$9,00. Mas com o acréscimo de queijo, subiu para quase 12 pratas. É o queijo mais caro que já vi na vida, quatro fatias de mussarela apenas. Eu acho que todo mexido deve ter queijo na receita básica. É componente imprescindível.

Minha esposa pediu um caldo. O garçom foi confirmar na cozinha quais tinham: Vaca atolada, feijão, canjiquinha e caldo verde. Optamos pela vaca. Apenas 5 conto, como diz meu sobrinho Davi.

Chegou o mexido, servido na pedra e com suas quatro fatias de queijo camembert ou roquefort (mentira, era mussarela de bandeja de supermercado mesmo).

Padrão! Tudo que deve ter um mexido. Mas comecei a achar estranha a demora do caldo. Ora, meus caros! O caldo já fica pronto na panela, não é feito na hora. Tire uma porção da panela e meta-o microondas que fica pronto em 3 minutos.

Nada de chegar o caldo e eu já ia pra metade do mexido. Perguntei ao garçon e ele disse que estava sendo preparado.

Já constrangido por terminar meu prato antes de chegar o de minha esposa, mesmo fazendo firula pra comê-lo e insistindo pra que ela partilhasse o prato comigo, chega à minha mesa outro garçon dizendo que não há vaca atolada no bar, que ocorreu um engano.

Porra, puta que o pariu. Saí pra jantar com minha esposa, ela chegando de viagem, e ouço essa merda depois de meia hora, depois do garçom já ter ido a cozinha confirmar se tinha o prato anteriormente!

Descasquei o garçom. Detesto fazer isso, eles normalmente não tem culpa, mas ele foi o “para raio” da vez.

Fiquei puto e até a minha esposa estranhou minha atitude. Tô cansado de ser feito de bobo, porra! Falassem pra mim antes que eu optaria por um outro mexido ou outro prato. Engambelaram-me e acham que tudo ficaria por isto mesmo. Falei ao garçon que não volto lá nunca mais.

Fui pagar a conta direto no balcão: O cara nem sabia o que cobrar! Tinha vinho e espeto na minha conta, inicialmente, depois apareceu o caldo, que nem o cheiro tinha sentido, depois me cobraram um mexido duplo, quando o prato foi simples. PQP! Descasquei o cara que tava no caixa, que parecia ser o gestor daquela putaria. O tal Galdino estava escondido atrás de uma estufa de salgados, e de lá não saiu, nem pra se desculpar.

Escutei um pedido de desculpas, entre os dentes, do caixa, que ouviu, novamente, que perdeu um cliente naquele momento, que eu não voltaria mais ali.

Um motoboy do bar, ao lado, ainda falou comigo que TINHA CALDO SIM, que ele mesmo havia colocado no freezer, mas que o cozinheiro não havia tido interesse em procurar o produto.

Basta!

Meus caros, se vocês quiserem passar raiva, serem mal atendidos, comerem um mexido meia boca e ficarem no vácuo com qualquer outro pedido, podem ir ao bar do Galdino!


Mexido pra mim, agora, só no Bar do Boi, ou um tropeiro com picanha no Bodega do Tropeiro, que custa a mesma coisa e onde somos atendidos dignamente.

Esperei dois dias depois do fato pra escrever este texto, pra não ser traído pelo nervosismo de hora. Não passou a raiva, e nem vai passar.

2 comentários:

  1. Você não foi o primeiro. Estive lá algumas semanas atrás. Péssimo atendimento. Pedi uma canjiquinha e também demorou 425 anos. Chegou morna ainda por cima. Pra completar,como a canjiquinha estava muito sem tempero, pedi uma pimenta, o garçom me trouxe um pote com um caldo vermelho cheio de sementes. Perguntei se era muito forte e o cara disse que não. Coloquei duas gotinhas e acabei com a minha canjiquinha. Era uma colherada e dois litros de cerveja encima.

    Também foi uma experiência péssima.

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