terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Devaneios anacrônicos

Nova sessão, destinada a publicar textos perdidos pelos PCs que me servem/serviram de válvula de escape nos momentos de chateação da vida.

Tem duas coisas que vou postar aqui das quais gosto muito. São textos que não saem de minha cabeça, tal qual "musica chiclete". Ficaram meio que impressos na minha mente e sempre voltam, me visitando e me fazendo refletir sobre seu conteúdo. AHHH. Mentira, isso só vem na minha cabeça pq eu sou um retardado mesmo, foda-se!

Mas são legais, e muitos já conhecem:
O primeiro é do Raulzito, parece que é uma letra não musicada.
"De tanta teimosia
Na burrice que eu insistia
Demorei pra ter certeza
De que a maior beleza
Tava em mim porque eu sou
O meu próprio seguidor
Hoje não creio em bestalhos
Em tarô e seus baralhos
Que se dane quem procura
Nego todas as culturas
Não tem nada mais nojento
Do que quem crê num pensamento
Acho todo mundo burro
Quero tanto dar uns murros
Isso muito me irrita
Eles têm q ter um fim
E eu só acredito em MIM"


O outro já é manjado, do Augusto dos Anjos:

"Vês! Ninguém assistiu ao formidável
Enterro de tua última quimera.
Somente a Ingratidão - esta pantera -
Foi tua companheira inseparável!

Acostuma-te à lama que te espera!
O Homem, que, nesta terra miserável,
Mora, entre feras, sente inevitável
Necessidade de também ser fera.

Toma um fósforo. Acende teu cigarro!
O beijo, amigo, é a véspera do escarro,
A mão que afaga é a mesma que apedreja.

Se a alguém causa inda pena a tua chaga,
Apedreja essa mão vil que te afaga,
Escarra nessa boca que te beija!"


Legal né, quem gostou bate palma ou enfia o dedo no orifício anal e tenta se virar do avesso.

Inté!

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