sexta-feira, 27 de maio de 2011

Ribran Lanches



Continuando nossa árdua tarefa, atravessamos a Rio Branco pro lado ímpar, sentido Centro/Manoel Honório.
Na esquina da Rio Branco com a Américo Lobo está o Ribran. Bar com 40 anos de idade e que deve ter muita história pra contar.
Eu sempre quis parar por ali. Dá pra ver da rua uma grande estufa de vidro, daquelas incorporadas ao balcão, em que se toma a cerveja sobre o vidro onde ficam os tira gostos. Pequenas banquetas fixas são a opção de assento. É, particularmente, minha opção preferida: ficar sentado no balcão, conversando com o dono do bar e vendo o serviço dos clientes acontecendo. O balcão corre por todo o bar, e há banquetas dos dois lados, sendo o atendimento realizado por uma única pessoa, que circula pelo meio do bar. Ao fundo há uma cozinha, preparando refeições, tira gostos e salgados.
Sob a nossa cerveja, já aberta, há porções de dobradinha ao molho, costelinha, lingüiça, fígado de galinha, uma solitária fatia de pizza, almôndegas, batatas cozidas e bifes de frango acebolado. Ao lado, há uma estufa com salgados.
Até aqui, pelo que vocês leram, parece tudo bom e normal.
Não é a realidade. Eu julgo que o melhor cartão de visita de um buteco é o bom atendimento, o que não ocorreu conosco.
Ao nos apresentarmos o atendente logo virou as costas e falou que era melhor voltar outra hora e conversar com o seu irmão, Geraldo.
Com cara de poucos amigos e um pano de prato pendurado no ombro, o atendente deixou-nos “no vácuo” e foi tratar de outras coisas, sem que nem ao menos tivéssemos tempo de explicar-lhe que queríamos tomar uma cerveja e comer um tira gosto, e que as poucas perguntas poderiam ser respondidas por ele mesmo.
Este senhor chama-se Geraldino, e diz ser irmão do Geraldo, que responde pelo bar.
Pedimos a cerveja, quase tendo que gritar para tanto. Servidos, nos olhamos e pensamos: puta merda, vai ser foda tentar ser isento a partir de agora.
Brincamos com um fornecedor de cerveja do buteco que por lá estava, perguntando se o Geraldino sempre era assim, mal humorado. Ele consentiu, aos risos.
A cozinheira deixa a cozinha e vai até a estufa, onde estávamos. Dá uma olhada nos tira gostos. Pergunto, simpaticamente, se estava tudo bem e se teríamos algum outro tira gosto saindo da cozinha. Sou novamente ignorado.
Quase não acredito naquilo. Parece que o atendimento nada simpático e característica da casa.
Pra coroar toda essa lambança, pedimos uma batata cozida com molho pra tirar o gosto e ver se pelo menos o tempero da casa seria bom.
O Geraldino escolhe duas batatas e, para nossa surpresa, enfia as mesmas num microondas pra esquentar.
Meus caros, como diz aquela máxima já comum nas redes sociais: quer me foder, me beija! Tira gosto que vai pro microondas antes de ser servido de cu é rola.
Acabou por ali. Estávamos pilhados e aquele último ato foi de lascar. Pedimos a conta e corremos do lugar, certamente, pra nunca mais voltar.
Se você quiser tentar a sorte, o bar fica na Avenida Rio Branco, n.º 469 e funciona das 05h30 até as 23h

3 comentários:

  1. Foi ridículo...
    Deu vergonha alheia... me senti mal lá!
    Mas me dá inveja do jeito do Airton escrver. Caramba! Não só ele transmite tudo que aconteceu, algumas delas,eu confesso não lembrar, como o faz num ritmo agradável e fácil! Sinto-me orgulhoso pra cara%@5 de ter feito e, principalmente, espero fazer parte mais ativamente, do blog.

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  2. Eu conheço muito bem o local e não tem nenhum Geraldo ou Geraldino por lá... O dono se chama Flávio, e é muito querido. Com certeza foi algum funcionário mal educado que por lá estava. E a cozinheira da tarde é sempre assim, mas é uma pessoa muito boa.

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