
Numa quinta feira destas, com aquele vento frio da noite, fui direto pro Bar do Abud, na Oswaldo Aranha, esperando encontrar aquele maravilhoso pernil, que desce muito bem com a cerveja gelada que ele serve por lá.
Mas me decepcionei por que não rolou pernil nesta quinta.
Voltando, cabisbaixo, olho pro Bigode e vejo que, pro horário e dia, o bar estava vazio, coisa rara de acontecer. O frio estava “de lascar”.
Meio sem saber pra onde ir, sigo para o tradicional Bar Dias, em Santa Terezinha. Mas, no caminho, lembro-me de um buteco que o amigo Erick Alves me apresentou certa vez.
Na rua em frente à Igreja da Glória, ao lado do Bar da Loira, há o “Paraíso do Morro da Glória”. O nome é bacana demais. O buteco, idem.
Antes, o bar pertencia ao simpático Airton, meu xará. Ele largou o negócio e passou para a Soninha, sua ex-funcionária e hoje proprietária do buteco.
É um local amplo e com pé direito alto, o que deixa o ambiente arejado. Suas paredes estão repletas de fotos de clientes da casa. Há ainda alguns cartazes de propaganda de cerveja e outros indicando as porções ali servidas.
Os freezers estão ao fundo. Na lateral direita segue um balcão, no qual é possível se escorar e beber uma cerveja do lado de fora, na rua. No mais, mesas de madeira da Bohemia e algumas amarelas da Skol enchem o salão do bar.
A cozinha está logo no final do balcão, mas de lá não saem muitas porções: segundo a Soninha, o pessoal prefere mesmo os tira gostos que estão enfeitando a estufa, muito variada e bem apresentável. Sabe das coisas esta Soninha!
São oito travessas cheias de iguarias de buteco, todas bem montadas e de dar água na boca: torresmo, dos grandes; espetinho de frango; jiló cozido com polenta ao molho de tomate; língua recheada; músculo cozido; moela de frango e grandes batatas cozidas no molho de carne. É daquelas vitrines que a gente fica olhando e não sabe por onde começar...
Pedi a língua recheada e duas batatas cozidas pra acompanhar, tudo foi regado ao molho onde a batata estava mergulhada. O tempero e o sabor estavam impecáveis. A cerveja Brahma completou o pedido e acompanhou muito bem.
Como sou fã do jiló, pedi logo um segundo prato, com jiló cozido e mais batatas (estavam boas demais, não resisti).
Jilós graúdos, cozidos sem desmanchar. Al dente, diria um gourmet. O molho de carne cobria as batatas e os jilós. Maravilha!
Gostou? Visite e aproveite o buteco: Rua Padre Matias, quase esquina com a Andradas.
Funciona das 11h (abre pra almoço) até o último cliente, serve cerveja de litro, pra quem vai com turma grande, e sempre enche nas quartas, por conta da transmissão de jogos por lá.
(Ah. Pra terminar a quinta feira fui ao Bar Dias e fui surpreendido com um delicioso bolinho de espinafre, recheado com queijo e salsicha, do tamanho de um punho fechado. Cortado em pedaços, acompanhou muito bem a última Brahma da noite. Coisas de buteco...)
q peregrinação
ResponderExcluirFoi mesmo. Coisas de quinta feira, rs
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