sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Macumba hi-tech.

Tô cansado de passar pela “Garganta do Dilermando”, um dos acessos ao meu bairro, e deparar-me com vários tipos de macumba pelo gramado lateral desta via.

É um local bonito até, mas vive tomado pelas oferendas às divindades do cadomblé, ou umbanda, ou religiões africanas, ou tudo isso “junto e misturado”.

Bem, tudo é muito trivial: Frango assado com farofa não pode faltar. Garrafa de espumante de qualidade duvidosa também não. Uma toalhinha colorida e outras coisinhas devidamente arrumadas, com seus laçarotes vermelhos, pretos e verdes. Tudo iluminado por velas das mais variadas cores. Às vezes umas imagens de barro e incenso.

Normal.

Mas o mundo vive em constante mudança, disse o filósofo, ou o poeta, ou o cara do curso de auto-ajuda, ou o CEO de uma grande empresa internacional do ramo de batatas fritas em potes cilíndricos (hã ?!?)

Desta forma, com o maior respeito aos adeptos de tais práticas, venho propor uma evolução na forma de agradar tais divindades!

Recomendaria trocar os quitutes por algo mais novo, fácil e proveitoso: Um belo BigMac, com fritas. Tudo em suas embalagens. Muito mais higiênico e de fácil consumo. Mas dispense o refrigerante: O gelo pode derreter e ficar aguado. Prefira uma garrafa de um vinho chileno, que pode ser consumido em temperatura ambiente sem comprometer o sabor. (Espumante quente ninguém merece, nem o Exu Caveira.) Não esqueça de deixar um saca rolhas.
Não dá pra dispensar a toalha! Mas prefira coisas mais elegantes ou joviais. Nada de toalha quadriculada. Opte por estampas futurísticas, estilo Star Wars.(Uma destas, com o Darth Vader, será satisfação garantida!) Se for alguma divindade infantil, como o Erê, escolha o Ben10 (WTF!) ou Pikachu para as estampas das toalhas.

Pra animar a oferenda, recomendo uma MP4 carregado de “músicas de terreiro”, devidamente mixadas por um DJ israelense ou dinamarquês. Passe um laçarote vermelho e preto em volta do MP4 pra espantar os ladrões de macumba. Mas não se esqueça de deixar o aparelho tocando! (E MP4 tem alto-falante à toa, ô mané?) A bateria deve durar umas duas horas, tempo suficiente para a visitinha da entidade.

Só não consegui uma boa idéia para substituir as velas. Talvez uma lanterna bonitinha, comprada na Casa & Vídeo do Shops Independência. Vocês podem sugerir algo pra terminar a idéia da oferenda. Mizifio. Se suncê num sugeri nada, caboclo do mato vai funfa suncê di noiti.

Esquisitices [2]

Pensar é “de grátis”, desta forma, pululam idéias nesta caixa craniana vazia. Seguindo a linha gourmet, iniciada pelo delicioso torresmo doce, surgiu agora uma nova receita, interessante, sugestiva, apetitosa, tentadora e saborosa: Algodão Doce Salgado.

Ora, se pessoas “normais” comem pão-doce com manteiga/margarina salgada, ou ainda recheiam os mesmos com a dupla presunto/mussarela, igualmente salgados, qual o problema de colocarmos em prática esta nova receita?

Se o algodão doce é o terror dos diabéticos, por que não dar aos hipertensos esta mesma sensação de vontade contrariada?

A Receita:
Talvez simplesmente adicionando o sal naquelas máquinas que misturam o açúcar e o corante, dê tudo certo. (NOT!) A receita, para dar a famosa liga fibrosa, semelhante ao algodão, não pode dispensar o açúcar... Não é possível fazer o algodão exclusivamente salgado, pq o sal não teria o efeito fibroso. Não vejo como substituir o açúcar... (Talvez lã de vidro, que não é algo muito apetitoso e digestivo...)

Bem, a idéia está aí. Talvez algum Chef francês goste da idéia, coloque em prática e fique milionário. Quem sabe um traficante descubra que a mistura “dá onda” e também fique milionário. Ou ainda uma grande indústria alimentícia patenteie a receita e a torne tão famosa e necessária quanto o ovo em pó na culinária malasiana (malaia, porra!). (?!?)

De certo que eu nem vou ficar milionário, tampouco experimentar este troço.

Mas quero meu nome no pacote do produto, como idealizador! (menos se a idéia for “comprada” pelo traficante)