quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Informal



Feriadão de Nossa Senhora Aparecida, mais conhecido como Dia das Crianças (data criada pela Estrela e Johnson e Johnson, é mole?). Tarde de sol e vontade de tomar uma cerveja neste inusitado “domingo” no meio da semana.
Marcamos, inicialmente, no Mezzanino, cujo “endereço” é “em frente ao Bar do Bigode”
Bar amplo e agradável, oferece petiscos no sistema de self service. Legal até, mas estava fechado
:(
Vamos então, pro querido Bar du Léo, no Jardim Glória (tarde de sol, lembram? Não há lugar melhor!) Os primeiros amigos, ao chegar, por volta das 16 horas, foram recebidos com a informação de que o bar fecharia às 17h
:(
A saga continua, e a vontade de beber também.
O Informal, que está ali nas imediações do Léo já faz um bom tempo, agora estende suas mesas pela praça, e por lá não há hora pra fechar! Oba!
Obviamente que naquela altura já não havia possibilidade de ficar na praça: esgotaram-se as mesas.
Mas fomos pro bar, que tem uma varanda estilo deck, arejada e agradável.
Numa TV, na parede, futebol ao vivo. Blz!
Chega a turma e logo depois a mesa está servida de uma gelada cerveja Brahma, que veio à mesa sempre neste estado, durante toda a tarde e início da noite.
Boas amizades, boas conversas, “bons drink”: Jagermeister, a bebida do viadinho, ou Alce, na interpretação dos homens da mesa! Servida gelada e num “tubo de ensaio”, é licorosa e adocicada. Tem um aroma agradável e paladar de erva doce, como dito pelo amigo Elder. Destilado de origem alemã, dizem ser uma das bebidas mais consumidas no mundo. Tomada pura e misturada na cerveja, fez sucesso na mesa, mas não pedimos outra dose, foi só para experimentar mesmo.
Pra comer, veio a mesa um correto filé ao gorgonzola, acompanhado de pão francês fatiado (e repetido, pq o molho ficou muito saboroso)
Batatas fritas com bacon (pouco) e cobertas com queijo. Como foi dito à mesa: quer agradar uma mulher no pedido de porção? Peça batatas fritas, achamos até que deve ter algo na evolução da espécie que atrai a mulher para este tipo de comida...
Então é isso. Um lugar bacana, bem decorado, com bom atendimento. Preço "padrão Alto dos Passos", cerva de R$5,00 e coisa e tal. Menu com porções de buteco, bolinhos, pastéis e ainda coisas como Anéis de Cebola e Buffalo Wings.
Salvou o dia, de Nossa Senhora e das Crianças.
Valeu!
O endereço? “Praça do Bar do Léo”, no Jardim Glória. Na parte baixa da Praça, pertupondiônibus.

Bar do Dodô

Vontade de comer um bom peixe, de preferência uma traíra sem espinha, prato servido em alguns bares especializados em JF. A traíra é peixe de água doce, de carne branca e sabor marcante. Seu preparo consiste em remover a espinha dorsal que permeia a carne. No “Bar do Silva”, ela chega à mesa inteira. No “Bar do Bode”, numa bandeja em pequenos pedaços. No local que fomos hoje, o tradicional “Bar do Dodô”, ela chega à mesa igualmente em pedaços, mas acompanhada do rabo e da cabeça do peixe. Tudo empanado e crocante, ornamentado por folhas de alface americana.
E ainda nos acompanhamentos surge uma bela salada de tomate maça, cebola, azeitonas graúdas e mais alface. Um arroz branquinho chega à mesa junto em uma panela de pedra, fumegando e recheada de um cremoso e saboroso pirão de peixe. Por apenas um real a mais, o arroz é servido com lascas de alho frito, finamente cortadas e crocantes.
O prato serve três pessoas, embora a garçonete tenha sugerido uma porção para duas pessoas. O preço: módicos R$40,00.
Cervejas da Ambev figuram no cardápio, junto com outros tipos de peixe e comidas de buteco, inclusive um curioso caldo de piranha.
Tudo é muito saboroso e servido sem muita demora. O bar ampliou o salão, faz algum tempo, e não tenho relatos de muita espera por mesas, problema antigo que já enfrentei por lá. No final de tudo, o próprio Dodô vai à mesa e pergunta aos presentes se tudo estava correto e se fomos bem servidos, fato que deveria se repetir em todos os butecos.
Feliz e satisfeito, vou pra casa e fico com a mesma duvida de sempre: qual a melhor traíra de Juiz de Fora? Ainda bem que não me decido nunca, afinal, sempre poderei voltar pra fazer novas comparações! ;)

Deu vontade de comer uma traíra e não tá afim de pescar: Bairro VALE DOS Bandeirantes (ahá, duvido que vc sabia disso!) Rua Antonio Soares da Costa, LJ

Chegando no Bandeirantes, entre na primeira à esquerda (cruzando a avenida principal). Você subirá uma pequena ladeira e vai virar à direita. É logo depois desta esquina. Vai lá e seja feliz.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Santa Hora - 11º JF Sabor




Butecagem “Gourmet”, pode isso, Arnaldo?

SabadÃO, cervejÃO, falta de opçÃO de butecÃO...
Vamos nós pro Santa Hora, bar bacana em Santa Terezinha, sempre cheio de gente bonita. Está longe de ser um buteco: não tem balcão nem estufa de tira-gostos, e você é gentilmente atendido por garçons. Eu costumo dizer que é o bar mais “Alto dos Passos” fora do quadrante da Zona Sul que conheço. Inclusive nos preços.
Conseguimos uma boa mesa, do lado de fora, graças à chegada mais cedo de nossa amiga Aline, responsável pela idéia da visita ao bar, com a intenção de comer o prato do JF Sabor, festival promovido pela Abrasel JF, que está em sua 11ª edição... Já curti mais o evento. No início, bares tradicionais, como o Pro-Copão serviam porções generosas por 15 pratas. Hoje, os pratos custam, em média, 50 pratas, e tem coisa tão refinada que dá até asco de comer. Até ouro tinha num macarrão ano passado. (Mamma Roma prato “Xica da Silva”)
Enquanto aguardamos a presença de mais uma conviva (que por fim não apareceu), vimos a casa encher, e numa mesa “reservada”, exatamente ao nosso lado, sentam-se algumas pessoas. O gerente dá uma descompostura no garçom, na frente de todos, pois os que ali se sentaram não eram os que haviam reservado o lugar... Troço chato e desnecessário.
Mas vamos seguir a conversa. A cerveja Brahma chegou estupidamente gelada, como deve ser: espuma congelando, do jeito que eu gosto.
Pedimos duas porções de pastel de angu. Aliás, a carta da casa tem um espaço especial (adoro escrever “espaço especial”) para comidinhas de buteco. Optamos pelo recheio de camarão e outro de queijo. Além destas, havia mais uma opção no cardápio: o recheio de carne. Pastel de angu é coisa linda de Deus. Se vocês, um dia, acharem o recheado de gorgonzola, podem pedir sem medo: é bom demais!
Após alguma espera, chegaram 20 unidades de pastel. Mas o camarão veio com requeijão (ou catupiry, sei lá!). Não era exatamente o que esperávamos, e nem o que constava no cardápio. Não estava ruim, mas o requeijão era mais presente, em sabor e quantidade, do que o camarão. Como disse a Aline, maldita mania de colocar catupiry em tudo quanto é comida desta cidade.
Mais tarde questionei o gerente, o mesmo da “descompostura”, sobre a “surpresa” do recheio. Ele se justificou, dizendo que recebem o produto embalado e o erro partiu do produtor. Ofereceu outra porção, recusada, é claro. Pra que outra porção de requeijão com camarão, se já havíamos reclamado da primeira?
Vamos então pra outra mesa, dentro da casa, pois o vento na rua já esfriava nossos ânimos naquele momento.
Chegou, agora, o prato concorrente do concurso: o Santo Sentido. “Filé mignon marinado em mel com molho agridoce picante, arroz cítrico e batatinhas cabelo de anjo”
Mel, agridoce, picante, cítrico. Eita, tem coisa demais aí prum degustador de comidas de buteco, mas vamos lá.
A diaba da carne tava boa demais. Cortava-se com uma colher de tão macia. O molho da carne nem estava tão picante, nem tão agridoce, nem melado, pra quem torceu o nariz pro mel. Realmente boa. Uma única ressalva, feita pela amiga Aline: o bife, um tanto grosso, não deixou o sabor entrar no seu recheio. E file mignon sem tempero não tem sabor de nada, convenhamos.
O arroz cítrico: feito com lima, amarelinho e de grãos duros e gordinhos, parecidos com arroz parborizado. Lembra aquele arroz especial, que vem em embalagens prontas em supermercado, tipo risoto. Dispensável a presença dos gomos de lima. Tinham tantos que a Michelle quase pediu uma vodka pra fazer uma caipirinha.
As batatas cabelos de anjo eram semelhantes a batatinhas palha, porém, mais finas e leves. Quando misturadas ao molho da carne ficavam deliciosas.
Julgamos que poderiam ser substituídas por outro acompanhamento, como um legume ou um purêzinho especial. Combinaria mais.
E foi isto.
A porção serve duas pessoas e custa R$34,90, preço razoável num festival com pratos de até R$78,00...
Pra quem se animar, o Santa Hora fica em Santa Terezinha, na Rua Santa Terezinha, n.º 11.
Abraços.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Em BH: Bar do Paulista, por Erick Alves



Batendo um bom papo (em um buteco, lógico!) com o grande amigo Airton, que sempre nos proporciona excelentes postagens nesse blog, comentei que iria passar uma semana na bela capital mineira: Belo Horizonte, também conhecida como a Cidade dos Butecos.
Sem hesitar, ele me passou a “dura” missão: visitar alguns botecos, ampliando o leque de opções botequeiras de nosso blog.
Chegando a BH, logo me decepcionei: próximo ao hotel que ficaria hospedado fui procurando recintos para tomar aquela cerveja gelada juntamente com um belo tira-gosto. Não encontrei nenhum, pois o hotel fica isolado, numa área mais nobre da cidade, próxima ao Belvedere.
Passou-se segunda, terça, quarta (dia de futebol e nada!). Já tava começando a me preocupar! Eis que, na quinta feira, os colegas de trabalho marcaram uma bebida (aleluia!). BAR DO PAULISTA. O nome, ao pé da letra, é “Restaurante e Cervejaria Paulista”.
Ao chegar à Rua Úrsula Paulino, nº 2160 no Bairro Betânia, logo fiquei com certo receio do local. Numa rua com pouca iluminação, por um pequeno portão entramos pelo estacionamento próprio do bar; escuro, já estava imaginando que não seria uma boa pedida. Subindo alguns degraus, adentramos ao amplo salão com dezenas de mesas e logo aquela primeira impressão foi-se embora.
Um belo local, muito amplo, com mesas e cadeiras em madeira, pé direito alto com boa ventilação, vários garçons e muitos banheiros, para evitar aquela fila que, todos sabem bem, não é nada agradável.
Encontramos alguns amigos que já haviam chegado e logo me serviram um copo americano com uma Brahma bem gelada. A sugestão do dia era o “Rodízio de Caldos” que, por “simbólicos” R$8,90, você pode se fartar de tanto tomar caldo. Com fome, foi o que fiz: Comecei pela vaca-atolada, que não era “madioca-atolada”. Tinha carne mesmo! Ótimo começo. Em seguida, optei pela canjiquinha com costelinha, que “também” tinha costelinha! Excelente, ótimo tempero e na temperatura ideal! Uma pequena “dose” de feijão amigo, que também estava ótimo e pra encerrar o Caldo Paulista, que tem guardado em segredo seus ingredientes, tal qual o do Boi Na Curva de JF. É um caldo de coloração abóbora, com frango desfiado. Uma delícia!
Por falta de espaço, não consegui experimentar todos. Faltaram alguns, inclusive a dobradinha. Uma pena!
Em todos os caldos, você pode servir-se em sua cumbuca, à vontade, com acompanhamentos como cebolinha verde, torresmo de pele e pão de sal.
Ah, e como bons mineiros, não poderia faltar uma boa cachaça: optamos pela Germana, cuja qualidade é indiscutível, como todos sabem!
Fomos embora, satisfeitos e bem servidos. E melhor, sem doer muito no bolso.
Quem estiver pela capital mineira, vale a pena visitar o Paulista.
Não é um boteco de balcão, como nós gostamos, mas é um bar muito aconchegante para ir com amigos, com a família, namorada, esposa, ... , enfim! Vale a pena!

quarta-feira, 17 de agosto de 2011



Estatísticas do blog!
Na verdade, o único número que interessa ao butequeiro é a graduação alcoólica do que se ingere! Mas vamos ao número de acessos do blog:
3.111 butequeiros brasileiros passaram por aqui e tomaram uma cachaça;
385 estadunidenses queriam tomar uma Budweiser e acabaram passando pelo Blog;
69 alemães vieram até aqui saber qual será o Chopp da Festa Alemã de JF;
29 portugueses, todos donos de padaria, procuraram por receita de creme de pão doce;
19 russos queriam saber se nos nossos butecos vende-se vodka;
9 visitantes do Reino Unido visitaram o site, acho que todos eram o @saulopadilha com saudade de JF;
4 espanhois queriam tomar uma sangria;
4 israelenses (?) passaram por aqui e não gastaram nada;
4 japoneses queriam saber se valia a pena comprar a Schin;
4 turcos vieram aqui espionar os israelenses e descobriram que o Baalbek tem a melhor esfiha de JF.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Lugares bacanas para se abrir um buteco


Se um dia o blog deixasse de ser virtual e abrisse as portas, eu ia querer este ponto pra trabalhar. Não é um lugar bacana?
Fica pertinho do Granbery. Os cursos noturnos iriam encher a casa, hehehe!

Velho Ferreira



Os amigos sabem que curto uma boa cachaça, principalmente se ela estiver acompanhando um bom tira gosto num buteco.
A minha predileta, nos últimos tempos, é a Velho Ferreira, de Prados/MG
O Léo, do Caminho da Roça, “achou” esta cachaça num fornecedor e desde então ela é a principal no seu bar. É tão boa que ele diz não saber se ela vende muito ou se é ele que está bebendo demais atrás do balcão.
Taí uma pouco da história:
“Cachaça totalmente artesanal, a Velho Ferreira é produzida em Vitoriano Veloso, lugarejo de Minas Gerais, conhecido pelo apelido de “Bichinho”
Oficialmente fundada em 14/04/1997, o alambique da Velho Ferreira já destilava no ano de 1999, 518 litros de cachaça buscando realizar-se no dia-a-dia, o sonho nascido com Vicente Ferreira Rodrigues, entre 1930 a 1947, distribuidor da região; o sonho sustentado por seu filho, Antonio Ferreira Neto, o “Velho Ferreira”, que transportava o produto; o sonho, finalmente materializado por Cláudio Ferreira da Silva, mais de meio século depois. No rótulo da chachaça, a foto do Velho Ferreira é a expressão de um produto de três gerações: de pai para filho, de filho para neto”


Eles produzem dois tipos de cachaça em embalagens de 750ml: a branca e a amarela. A primeira, envelhecida em Jequitibá. A segunda, em Carvalho.
A branca é leve e suave. Desce redondo e sem rasgar o peito. Um perigo: dá vontade de tomar mais...
A amarela é uma preciosidade, com muito aroma, decorrente do envelhecimento em carvalho, e um excelente sabor. Maravilha.
Particularmente, preferi a branca.
Portanto, meus caros, caso tenham interesse em tirar esta prova, visitem o Caminho da Roça e peçam a Velho Ferreira por lá. É satisfação garantida.

http://www.cachacavelhoferreira.com.br/home.html

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Tifuga



O Tifuga é um bar com 17 anos de história, sendo 11 no endereço atual e os demais iniciados num espaço próximo, na Andradas e perto da Ferreira Guimarães.
Segundo os donos, o endereço inicial era muito interessante dado ao intenso movimento de funcionários da extinta fábrica. Com a falência desta, surgiu a necessidade de procurar por um novo local para manterem o buteco em atividade, e partiram para Rua da Glória.
Hoje o Beto e a Regina, filha do Tifuga original, tocam o bar: um amplo espaço, com um balcão à direita, onde figuram os tira gostos da casa, e muitas mesas ao fundo, todas com visão para o principal atrativo da casa: a TV onde são transmitidos os jogos de futebol. Segundo o Beto, nestes dias a casa lota. Tem cliente que, mesmo com o jogo sendo transmitido na TV aberta, corre pro Tifuga pra assistir aos jogos junto a grande platéia que se reúne por lá. É como mostra a Brahma, em sua campanha “Bar X Casa”, enaltecendo as vantagens de se assistir a jogos de futebol no bar. Realmente é melhor!
Para acompanhar as Brahmas, o bar conta com uma estufa que, no dia da visita, continha dobradinha ao molho, pastéis de carne e lingüiça de pernil. Achei pouca opção para uma sexta feira. Mas como argumentado pelo Beto, com o frio é melhor preparar os tira gostos conforme a demanda. Ele sobe para a cozinha toda vez que precisa de reforço na estufa ou que algum cliente faz um pedido de porção.
Por lá já houve até pizza, muito boa, conforme relato de outros clientes. Algumas pessoas até passaram por lá procurando por ela, mas Beto ficou sem Pizzaiolo recentemente e desistiu de tocar esta atividade no lugar.
E assim eles vão tocando o negócio, com clientes fiéis, alguns na casa de 90 anos de idade, como pude presenciar, mantendo a tradição do buteco e honrando o fundador que deu nome ao bar, o Tifuga, cujo apelido é uma corruptela de Tio Figueiredo.
Ficou curioso? Então vá até lá no próximo sábado e prove a “feijoada sem osso”, prato especial da casa, por apenas R$15,00, e veja a rodada de sábado do Brasileirão. É diversão garantida!
Rua da Glória, 162
Tel 3061 1506

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Krismara



Falar do Krismara dá um certo receio. O tradicional bar está ali há vários anos, e eu acho que quem ainda não bebeu uma cerveja por lá há de bebê-la ainda nesta vida. Como tanta gente freqüenta ou freqüentou o lugar, me acho a pessoa menos habilitada para descrever o ponto.
Mas o dever de bom butequeiro me obriga
Lembro de lá desde quando ainda existia o Karlitos na vizinhança e quando o ProntoPizza não ocupava tantas lojas. Sempre foi o reduto de quem queria tomar aquela última cerveja da noite ou da madrugada...
Uma loja grande e com pé direito alto. À direita está o balcão e as prateleiras repletas de destilados de todos os tipos possíveis e imagináveis, no fundo está a cozinha onde são produzidos os tira gostos e salgados.
Na esquerda as mesas estão coladas nas paredes e vão até o fundo do bar, junto aos banheiros.
Há ainda uma jukebox que toca todo o tipo de música que passar pela sua cabeça. Ou pela cabeça de quem passar por lá. Apenas R$0,50 cada crédito.
Um pequena estufa, junto ao caixa, apresenta alguns tira gostos da casa, e salgados também.
Pedimos pela asa de frango. Correta, sequinha e bem temperada, servida já fatiada (ponta, meio e coxinha), veio à mesa junto com alguns queijos nozinho.
Depois me indicaram o quibe, frito na hora e sempre fresquinho.
Redondinho, crocante e recheado de requeijão. Muito gostoso. Uma boa pimenta estava à disposição de quem se aventurasse, mas com requeijão não combina. Quem sabe se houvessem quibinhos de carne moída... Cairia bem!

Texto complementar

E domingo é dia de Gugu!

Então, nesta visita dominical, fora dos meus padrões de dias de butecagem, vamos nós ao Krismara, o templo da bebericagem, ver um grande amigo retornar, em grande estilo, ao consumo alcoólico.
O perseverante Gustavo conseguiu, com MUITA força de vontade, ficar absurdos 365 dias sem ingerir sequer uma gota de álcool. Impressionante!
Então, no primeiro minuto do dia 1º de agosto de 2011, na companhia de vários camaradas e diante de uma platéia de freqüentadores do Krismara, quatro shots (whisky, conhaque, vodka e cerveja) descem em menos de 3 segundos garganta adentro. Os olhos e o corpo bambearam, mas o cara não caiu! Tudo bem que, mais tarde, rolou até abraço em cachaceiro nesta volta, mas Gustavo mostrou que nenhuma bebida derruba esse campeão facilmente! É um Anderson Silva dos butecos!
Meu ídolo! Eu não teria coragem de repetir tal façanha! (os shots, pq um ano sem beber, nem que a vaca tussa!) Valeu Gugu, bem vindo!

Pé de Goiaba - Belo Horizonte



Tem lugares que merecem ser lembrados pelo inusitado. O que você acha de ir tomar uma cerveja num bar em que, no meio das mesas, há um grande pé de goiaba, varando o teto do lugar?
Bacana, não é mesmo?
Então saiba que na cidade de Belo Horizonte, intitulada a capital dos butecos do Brasil, há um lugar assim, devidamente batizado como “Pé de Goiaba”.
Já famoso por lá, recebeu título de melhor de BH pela Veja. Está sempre bem cotado no Comida di Buteco, o tradicional e hoje nacional concurso, que nasceu nas terras de Curral Del Rei.
Numa esquina, mais precisamente na rua Alpes, n.º 507 – Nova Suíça, o bar estende suas mesas sob a calçada e na sombra de um toldo verde. No interior, há a goiabeira que dá nome a casa e muitas mesas, e uma providencial churrasqueira que funciona a todo vapor.
Dela saem os grelhados e espetos da casa.
Na última quinta feira, dia 28 de julho de 2011, Michelle, a primeira dama do Blog esteve por lá e, acompanhando uma Brahma Extra especialmente gelada, experimentou um espeto de picanha, acompanhado de macias mandiocas cozidas e servidas na manteiga, junto a um molho vinagrete e farofa. Pediu, ainda, um acompanhamento de arroz e daí formou-se um verdadeiro jantar na mesa.
Picanha fatiada e servida ao ponto, saborosa e que pedia pra ser repetida.
Aliás, melhor mesmo ficar com este “gostinho de quero mais” porque, na próxima visita a Belo Horizonte, eu não abro mão de ir junto com Michelle até o Pé de Goiaba!
As fotos foram pinçadas da Internet.
Contato do bar: Clarckson (31) 9971-3906
E-mail pedegoiabaclarckson@hotmail.com
Horário: 17h/0h (qui. e sex. até 1h; sáb. 15h30/0h; fecha dom.)

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Lanchonete Cascatinha



Na Avenida Paulo Japiassu Coelho, n.169, no bairro Cascatinha, exatamente ao lado da loja do Bahamas Verde, está o buteco com o maior número de tira gostos de estufa de Juiz de Fora, quissá do universo (bem, o universo é relativo...)
Na quarta feira, dia 27/08/2011, haviam por lá nada mais nada menos que 17 quitutes caprichosamente preparados e muito bem apresentados nos três (!) andares de opções da estufa.
Óbvio que não comemos todos e tampouco vou conseguir me lembrar de tudo que havia por lá, mas alguns desceram à nossa mesa e estavam perfeitos, sem qualquer objeção a sabor, aspecto, aroma, temperatura e “tal e coisa e coisa e tal”...
Jiló cozido, dobradinha, peito de boi e batatas cozidas foram nosso pedido inicial. Como falei com o amigo Erick, responsável pela indicação do local, “dois ‘legumes’ e duas carnes”, pra não parecermos carnívoros inveterados.
Servidos ao molho de tomate, adornados com cebolas e acompanhados de pão francês! Coisa linda!
Puta que o pariu. Tava boa pra caralho, diria eu, num linguajar butequeiro desprovido de finesse.
Enquanto comemos estas iguarias, observamos o ambiente: uma varanda com diversas mesas amarelas da Skol, cercados por uma mureta pintada de laranja que faz divisa com a rua. À direita ficam o balcão e as estufas. Importante mencionar que há uma estufa exclusiva para os pães. Há ainda outra estufa para os salgados. Atrás do balcão estão os freezers e uma infinidade de garrafas ornamentando as paredes.
À esquerda está o caixa, com os cigarros, balas e mais uma porção de coisas. Lá é um “buteco armazém”. Entrando na loja, atrás do caixa, figuram algumas prateleiras com produtos de todo tipo. Em frente as prateleiras fica a cozinha do lugar. Bom sinal, pois quitutes são preparados, aquecidos e sempre repostos durante todo o dia.
Na loja anexa ao bar, cujo acesso se dá pelo interior do mesmo, há um salão com mesa de sinuca e TV. Um espaço para caça níqueis e ao fundo o banheiro.
Ficamos na varanda, assistindo aos jogos de futebol numa bela TV. Vimos um pouco de Guarani/MG e Inter, pela Taça BH e ficamos com saudades de ir a Divinópolis assistir o clássico Tupi-guarani. Boas viagens estas. Achamos que na seqüência teríamos Grêmio (time do amigo Erick) e América, mas passou Botafogo e Avaí.
Com tanto futebol, a porção foi se acabando. Mas consentimos que não deveríamos sair dali sem provar do imenso pernil que figurava na vitrine e que nos deu as boas vindas ao bar tão logo chegamos lá.
Ele veio à mesa cortado grosseiramente e coberto de cebolas levemente “assustadas” no fogo na panela. Estava tenro e bem temperado, com a parte externa levemente torrada, desfiando na hora que mastigávamos os pedaços de carne.
E desta forma fomos entendendo nossa permanência na casa, sorvendo nossas Brahmas e apreciando o lugar. O jogo acabou, na seqüência vimos um bom pedaço do jogo do Santos e Flamengo e então decidimos seguir nosso caminho com a certeza de voltar, mas com o cuidado de chegar bem cedo, pra termos oportunidade de comer mais variedades dos apreciáveis tira gostos da casa.
De fato, um excelente buteco, digno de todos os elogios. Pra corroborar com esta opinião, por lá passou Mateus Casadio, bom amigo, deverás conhecedor e apreciador da baixa gastronomia. Recomendou a feijoada de sábado.
E o saudoso cartunista Belo, que lá sempre tomou suas cervejas e comeu seus acepipes, mereceu, na mureta em frente à estufa, uma placa em sua homenagem, “o cantinho do Bello”. Convenhamos, não tem como botar defeito num lugar como este.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Comida di Buteco 2012 - Ingrediente definido

Segue o release da Duetto Produtora:

Queijo Minas 2012 no Comida di Buteco

O queijo será o ingrediente do Comida di Buteco 2012 e poderão fazer parte das receitas quatro tipos de queijo: queijo minas, queijo minas artesanal, queijo minas padrão e queijo frescal. Todos são queijos crus.

O queijo minas é o mais antigo e tradicional queijo brasileiro, com mais de 200 anos de história!

As regiões do estado que produzem os queijos minas mais tradicionais são Serro, Araxá e Serra da Canastra.

Vamos detalhar um pouco cada um dos tipos:


1- Queijo Minas

O queijo minas é produzido por coagulação enzimática ou por coalho, tem massa crua, é moldado na forma de um cilindro baixo de diâmetro cerca de duas vezes a altura (14 por 7 cm por exemplo) e pesa geralmente em torno de 1 kg. Apresenta crosta amarela e é branco leitoso por dentro, com corpo macio e amanteigado, sabor suave ligeiramente ácido e apresenta-se com fundo ligeiramente amargo devido à cura.

O processo produtivo do queijo minas possui as seguintes etapas:

• filtração do leite;

• adição do fermento natural e coalho;

• coagulação;

• corte da coalhada;

• mexedura;

• dessoragem;

• enformagem,

• prensagem;

• viragens;

• salga seca;

• maturação.


2- Queijo Minas Artesanal
Tem o mesmo processo produtivo do queijo minas já descrito, porém com as seguintes características próprias:

• Ser fabricado na propriedade rural, em micro-regiões com reconhecida tradição na atividade;

• Ser fabricado exclusivamente com leite integral, de vaca e que não tenha sofrido tratamento térmico;

• Conter como ingredientes culturas lácticas naturais (“pingo”, “soro fermentado” ou “soro-fermento”), coalho e sal;

• Ter consistência firme, apresentando ou não olhaduras mecânicas(furos), ter cor e sabor próprios, massa uniforme, sendo isento de corantes e conservantes.


3- Queijo Minas padrão

É o queijo minas só que produzido com leite pasteurizado, tornando mais fácil a sua comercialização. Apesar desta pasteurização do leite, a massa é crua. Na boca, é mais elástico, conferindo um sabor parecido com um queijo prato suave.

4- Queijo Minas frescal

Obtido da simples coagulação do leite com ácido láctico ou fermento. É considerado um queijo fresco, com validade técnica de uma semana e comercial de 30 dias.


Observações importantes

Queijos que não serão validados como ingrediente participante, mesmo que sejam fabricados em MG:

· Parmesão

· Mussarela – cabacinha , cavalo, etc

· Prato

· Queijo do reino

· Requeijão

· Requeijão de copo

· Qualquer tipo de queijo cozido

Lembrando que a permissão apenas para queijo minas, queijo minas artesanal, queijo minas padrão e queijo frescal se deve à missão do Comida di Buteco, que é resgatar a culinária de raiz; nosso objetivo é “ensinar” aos mineiros um pouco sobre esse nosso patrimônio tão valioso: O QUEIJO MINAS.

Caso seja verificada a utilização única de algum queijo em substituição a algum dos quatro tipos definidos, o boteco será desclassificado.

Curiosidades

· A diferença básica entre o queijo Minas e o Minas artesanal, é que o segundo, a grosso modo, tem que ser todo produzido na mesma propriedade – leite, processos, etc.

· O queijo do Serro, em 2002 reconhecido pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico(IEPHA) como “Patrimônio Imaterial” e desde 2008 foi reconhecido pelo Instituto Patrimônio Histórico Nacional(IPHAN) como “Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro”

· A indústria queijeira mineira coloca 215 mil toneladas de produtos por ano no mercado (mas não apenas O Queijo Minas).

· O Brasil é o 6º maior produtor mundial de queijo.

· Metade de todo o queijo que o brasileiro consome – 3,4 kg per capita/ano – vem de Minas (mas não apenas O Queijo Minas).

· Este consumo per capita(3,4 kg por ano), ainda é pequeno se comparado aos USA(15 kg), União Européia(13,1 kg) e Argentina(11,8 kg).

segunda-feira, 18 de julho de 2011

O consumo e a distração



Coisas engraçadas da vida: distração na hora das compras.

Pode parecer coisa de consumistas, mas é mais um caso engraçado, situações que acontecem com muita gente como pude notar quando vou contando a historinha. Somos, por vezes, vítimas das armadilhas que nos pregam na intenção de no conduzir ao consumo.
Por exemplo: vocês já notaram que TODOS os supermercados têm a entrada pelo lado direito da loja?
Pois saibam que não é por acaso ou simples convenção. Temos a tendência, ao entrar num supermercado, de seguir à esquerda. Desta forma, percorremos mais e mais corredores, quando entramos pelo lado imposto neste lay-out.
Mas vamos ao caso que quero lhes contar: temos uma cadela, como vocês sabem. A Maroca, bichinho querido e bonzinho. Como temos que levá-la para passear quase todos os dias, aliamos isto a ida ao Supermercado, o Sales, que abriu recentemente próximo à nossa casa.
Mas cachorro não entra no supermercado. Desta forma, um de nós fica do lado de fora com a cadela e outro entra no mercado para as compras.
E aí que começa o problema. Ninguém quer ficar do lado de fora esperando!
Tenho conseguido dobrar a Michelle e sempre entrado. Na penúltima visita ao mercado, a Michelle esbravejou: a próxima a entrar sou eu e você fica com a cadela!
Que seja!
Neste final de semana, sábado à noite, procuramos por receitas simples para preparar um acompanhamento pro jantar, que pudesse ser feito no microondas.
Escolhemos batatas com gorgonzola.
Então, partimos pro mercado, condicionados a comprar “batatas e gorgonzola”.
Michelle entra, conforme combinado. Eu fico passeando em volta do mercado.
Passados mais de 40 minutos, vejo a Michelle no caixa, lotada de sacolas.
Pra vocês terem uma idéia, ela gastou tanto que precisou largar compras para trás!
Olha só a lista:
Refrigerante;
Cervejas;
Requeijão;
Margarina;
2 Creme de leite;
Leite condensado;
Chocolate;
3 Pipocas de micro-ondas;
2 Hot Pocket;
Biscoito pimentinha;
Pão de sal;
Gorgonzola.
Voltamos para casa lotados de sacolas.
Vou pra cozinha e noto o que os mais atentos já devem ter percebido na lista acima:
Cadê o diabo das batatas???
Não foram compradas! E olhe que o hortifruti é a primeira seção quando se entra no mercado!
Não voltamos ao mercado. A receita ficou pra outra ocasião.
Coisas que só a Michelle pode me proporcionar! Parabéns amor, pelo aniversário de hoje e por ser essa pessoinha que faz essas coisas que só eu entendo!

quinta-feira, 14 de julho de 2011

PPP na faixa, via Rádio Solar! Sorte do Vitão, e nossa também!



Tem gente que tem sorte, igual ao Vitor Lima Gualberto, e tem gente que tem mais sorte ainda, como eu, por ser amigo desta ilustre figura.
Eis que, em plena segunda feira, Vitor se cadastra numa promoção da Solar FM no Facebook, que brinda o ganhador, e mais três convidados, com um rodízio de tira gostos e bebidas no PPP, Picanha, Pimenta e Pinga, no Alto dos Passos.
Duas horas da tarde o telefone toca e acordam (?!) o Vitor pra dizer que ele é o ganhador da promoção! E este camarada me convida, junto com Rafael Laque e Nathan Lima pra “resolver este problema”!
Oito horas. Chego no PPP e tomo uma Murphys Irish Red pra esperar os camaradas. O PPP está sempre inovando. Quando comecei a ir lá não havia a carta de cervejas especiais, nem rodízios de tira gostos e espetos, tampouco música ao vivo, como acontece no PPP Acústico, aos sábados.
O lugar tá muito bacana!
No início era mais buteco mesmo. Mas por lá sempre tomei boas cachaças.
A moçada chega e começamos o rodízio, regado à Brahma sempre muito gelada.
Só pra dar inveja, olhem só o que veio à mesa:
Azeitonas, sem caroço;
Coração, muita quantidade;
Chouriço, só pra mim;
Feijão amigo, pro Nathan;
Fritas;
Isca de frango;
Isca de peixe, um tanto encharcada;
Jiló à milanesa;
Língua recheada;
Lingüiça, fina e saborosa;
Mandioca;
Moela;
Mussarela nozinho;
Pastel de angu, recheado com queijo;
Pernil;
Torresmo;
Pãozinho.
E faltaram pedir, ainda:
Carne cozida com batatas;
Fígado;
Polenta frita.
Como podem ver, foi tanta fartura que não demos conta de comer tudo.
Já havíamos “enchido o pandu” e ainda faltavam algumas garrafas de cerveja pra atingir nossa cota.
Pra não perder o costume, pedi uma cachaça que queria provar a muito tempo: Mingote, de Cláudio/MG. Dizem que Tancredo Neves tomava desta. Hoje ela é produzida por Aécio Neves. Muito boa, leve e macia no paladar, coisa de quem quer agradar à todos. Pra ter uma comparação, pedi uma Maria da Cruz, do falecido José Alencar, feita lá em Pedras Maria da Cruz/MG. Brava, mais forte que a anterior, mas igualmente boa. Uma cachaça marcante! Foi quase uma aula de política no copo.
E foi assim que começamos a semana, tomando e bebendo na faixa, patrocinados pela Solar FM e pelo PPP, graças ao glorioso amigo Vitor!
Valeu Vitor! E não se esqueça: me passe logo as dezenas da Mega Sena!!!

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Caminho da Roça e terças feiras que entram pra história



Uma terça feira fria sem atrativos pode se tornar um dia épico.
Com a intenção de tomar uma cerveja despretensiosa e falar sobre o Tupi, marquei com Vitor Lima, Rafael Laque e Erick Alves no bom e aconchegante Caminho da Roça.
Essa turma eu conheço de longa data. Vitão era garoto e nem bebia quando o via nas arquibancadas do Municipal. Laque era o KLB perdido em JF que ganhou até música da Tribo “Laque caiu Galô”. Erick, como eu, é das antigas fileiras da torcida do Tupi e também do universo virtual, antes do Orkut, na NetTupi.
E com esta turma, que já derrubou muita cerveja pelas estradas atrás dos jogos do Tupi, começamos a bebericagem de Brahmas geladas e tira gostos no Caminho da Roça.
Um correto fígado acebolado, posteriormente uma língua recheada nadando num molho que foi limpo do prato pelos pãezinhos e um encerramento com polenta frita em tiras crocantes, já que demoramos demais pra pedir o tradicional torresmo ao atencioso Felipe, e ficamos babando pelo quitute, que vai gerar outra visita ao local exclusivamente para matar a vontade.
Pra acompanhar as Brahmas, desceu da prateleira uma excelente cachaça de Prados/MG, branca curtida no Jequitibá e outra amarela, envelhecida no carvalho – Velho Ferreira.
Dentro das conversas sobre o Tupi, falamos da “aerovana” para o Distrito Federal, no jogo que o Tupi fará contra o Gama. Vários torcedores de JF já confirmaram presença e compraram suas passagens. Coisa de MITOS como Vitor e Laque.
Decidimos que os dez anos do jogo de acesso ao Módulo 1 serãá comemorado pela nossa torcida e amigos neste mesmo bar, provavelmente no dia 27 de agosto. Levaremos camisas da época, ingressos, pôsteres e jornais. O ilustre Chico Brinati “Homem Gol” estava presente e foi convidado para participar da comemoração e levar suas lembranças da época da rádio. Renato Sales, o camarada dos belos textos do Jornal Panorama, que hoje está na Tribuna de Minas, também foi convidado e julga que esta reunião até pode render uma pauta. Tomara! Já estávamos nos mobilizando pra tornar este evento conhecido e não deixar a data passar em branco.
E assim passaram as horas, e as outras mesas foram esvaziando-se, a conversa animada rendendo mais, o ilustre Curumim, dono do bar se achegou à mesa. O Tupi, o Comida di Buteco a as amizades ali consolidadas entraram madrugada adentro.
Por isso que sempre digo: O que se leva desta vida é a vida que se leva!
Valeu moçada, que outras terças como essa se repitam!

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Zé Nei



Num bairro cercado por morros, inclusive com um belo mirante num destes, está o Zé Nei.
Na praça do bairro Eldorado você notará algumas mesas, com gente bem à vontade, conversando animadamente e tomando sua cerveja gelada. No bar, relativamente pequeno, há algumas mesas pra quem não quer ficar ao ar livre.
Nas mesas alguns “potes” recheados de torresmo.
E este é o tira gosto que leva tanta gente pra lá.
Preparado já em pedaços pequenos e não em tiras, como é costume nos outros bares, ele chega quente à mesa dentro de potes de cerâmica. Você notará que eles são um pouco mais escuros, puxados para o marrom. Talvez pela forma de preparo e por serem bem carnudos.
Sua textura difere dos demais em razão de estarem crocantes por fora e tenros por dentro. Veja bem: a pele estará torrada e pururucada, mas a carne é macia.
Ele torna-se “mastigável”, não com àquela característica de extrema crocância. Desta forma o tempero e o sabor são mais sentidos durante o deguste desta iguaria.
É diferente dos demais e por isso é tão bom.
A cerveja que acompanha a porção está na temperatura ideal. Por lá há Brahma Extra, como na foto, e as demais cervejas da Ambev.
No cardápio há acompanhamentos pro torresmo, como mandioca e fritas, além de lingüiça e outros pratos típicos de MG. Lá também figuram os caldos.
Pra arrematar, tomamos uma cachaça Vale do Piranga, da Fazenda Boa Vista, bem amadeirada.
Sugiro aos que queiram visitar o buteco se limitar à meia porção do torresmo. O pote pode parecer pequeno, mas vem boa quantidade e, pelo tipo do torresmo, mais forte no sabor, será mais do que suficiente.
O bar funciona o dia todo (abre à 09h30) e achei engraçado que ele fecha de 13h30 à 15h30 e também não abre aos domingos. Sexta e sábado fecha à 01h30. Um quadro de bom tamanho na parede lembra isso aos clientes.
Num dia frio de inverno, é um lugar bacana pra curtir o dia claro, de céu azul e aproveitar o calor do sol naquela praça. No verão se torna um lugar bacana pra enxugar várias ampolas de cerveja.
Como disse, fica n praça do Bairro Eldorado, no bairro de mesmo nome. Aproveite.

Cachaça Araci



Li, recentemente, uma entrevista de um dito entendedor de cachaças, chamado Marcelo Câmara, que saiu em defesa das cachaças brancas, notadamente as de sua região, em Paraty/RJ (ele é de Angra dos Reis). O cara detona as cachaças mineiras. Pra que vocês saibam o que ele pensa, vai aqui uma pequena frase da entrevista:
"Minas não fabrica cachaça, mas cachaça envelhecida, ou melhor, geralmente envelhece mal pingas ruins. Mas há algumas, poucas, cachaças e cachaças envelhecidas mineiras, de qualidade superior. "
Bem, o que posso desejar para este cidadão é que seu fígado seja tomado por uma cirrose irreversível, ou que escorregue numa pedra em Paraty, bata a cabeça e caia no mar desacordado. À noite, de preferência.
De qualquer forma, e motivado por ter um grande amigo e VERDADEIRO entendedor de cachaças e que opta sempre pela branquinha (Enio Amaral), em minhas últimas visitas no Bar do Abílio pedi por cachaça branca e me foi oferecida a Araci.
Produzida em São João Nepomuceno há mais de 80 anos, possui uma linha de cachaça fresca, da destilação do ano e ainda cachaças envelhecidas, as amarelas. Já havia visto o rótulo desta cachaça em alguns bares, mas sempre titubiei em experimentar.
Acontece que a cachaça é muito boa! Suave no paladar, desce redondo e não queima. Acompanha muito bem os tira gostos e dá vontade de tomar mais doses.
E, nessas andanças pelos butecos, na companhia do meu irmão José Antonio, passamos pelo Futrica e nos deparamos com a Araci Safra 98: a mesma cachaça, envelhecida. Um néctar, pra dizer a verdade. Se a branca já é ótima, imaginem esta cachaça repousada em tonéis de madeira?
Pois é, esse tal de Marcelo Câmara não sabe de nada mesmo.
Para quem interessar, o Futrica vende a dose por R$4,00 e a garrafa por R$40,00

terça-feira, 21 de junho de 2011

Paraíso do Morro da Glória



Numa quinta feira destas, com aquele vento frio da noite, fui direto pro Bar do Abud, na Oswaldo Aranha, esperando encontrar aquele maravilhoso pernil, que desce muito bem com a cerveja gelada que ele serve por lá.
Mas me decepcionei por que não rolou pernil nesta quinta.
Voltando, cabisbaixo, olho pro Bigode e vejo que, pro horário e dia, o bar estava vazio, coisa rara de acontecer. O frio estava “de lascar”.
Meio sem saber pra onde ir, sigo para o tradicional Bar Dias, em Santa Terezinha. Mas, no caminho, lembro-me de um buteco que o amigo Erick Alves me apresentou certa vez.
Na rua em frente à Igreja da Glória, ao lado do Bar da Loira, há o “Paraíso do Morro da Glória”. O nome é bacana demais. O buteco, idem.
Antes, o bar pertencia ao simpático Airton, meu xará. Ele largou o negócio e passou para a Soninha, sua ex-funcionária e hoje proprietária do buteco.
É um local amplo e com pé direito alto, o que deixa o ambiente arejado. Suas paredes estão repletas de fotos de clientes da casa. Há ainda alguns cartazes de propaganda de cerveja e outros indicando as porções ali servidas.
Os freezers estão ao fundo. Na lateral direita segue um balcão, no qual é possível se escorar e beber uma cerveja do lado de fora, na rua. No mais, mesas de madeira da Bohemia e algumas amarelas da Skol enchem o salão do bar.
A cozinha está logo no final do balcão, mas de lá não saem muitas porções: segundo a Soninha, o pessoal prefere mesmo os tira gostos que estão enfeitando a estufa, muito variada e bem apresentável. Sabe das coisas esta Soninha!
São oito travessas cheias de iguarias de buteco, todas bem montadas e de dar água na boca: torresmo, dos grandes; espetinho de frango; jiló cozido com polenta ao molho de tomate; língua recheada; músculo cozido; moela de frango e grandes batatas cozidas no molho de carne. É daquelas vitrines que a gente fica olhando e não sabe por onde começar...
Pedi a língua recheada e duas batatas cozidas pra acompanhar, tudo foi regado ao molho onde a batata estava mergulhada. O tempero e o sabor estavam impecáveis. A cerveja Brahma completou o pedido e acompanhou muito bem.
Como sou fã do jiló, pedi logo um segundo prato, com jiló cozido e mais batatas (estavam boas demais, não resisti).
Jilós graúdos, cozidos sem desmanchar. Al dente, diria um gourmet. O molho de carne cobria as batatas e os jilós. Maravilha!
Gostou? Visite e aproveite o buteco: Rua Padre Matias, quase esquina com a Andradas.
Funciona das 11h (abre pra almoço) até o último cliente, serve cerveja de litro, pra quem vai com turma grande, e sempre enche nas quartas, por conta da transmissão de jogos por lá.
(Ah. Pra terminar a quinta feira fui ao Bar Dias e fui surpreendido com um delicioso bolinho de espinafre, recheado com queijo e salsicha, do tamanho de um punho fechado. Cortado em pedaços, acompanhou muito bem a última Brahma da noite. Coisas de buteco...)

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Butecos da Avenida Rio Branco – Etapa 2: Largo do Riachuelo



Seguindo a Rio Branco, após o Mergulhão, chega-se a um dos locais mais antigos de Juiz de Fora (e repleto de butecos!)
O Largo do Riachuelo! Nascido a partir da chegada à cidade da Cia União Indústria, em meados dos anos 50, foi chamado, inclusive, Praça da União. Hoje, este pedaço da Avenida do Andradas que corre paralelo a Rio Branco está repleto de comércio. E pra lá iremos nós, em breve, visitar seus butecos, aproveitando o início da Andradas e seguindo até a Floriano Peixoto.
Na seqüência, muito provavelmente, teremos que fazer um “atalho” pra manter a rotina do Blog.
Explico: Na Rio Branco, entre a Floriano Peixoto e a longínqua Oswaldo Aranha simplesmente não existem butecos. Desta forma, ponderamos que será mais interessante percorrer a Getúlio Vargas até seu final e subir a Independência retornando para a Rio Branco, seguindo nossa árdua tarefa de visitar os butecos e trazendo bastante assunto para vocês, nobres leitores. Mas isso é conversa pra Terceira Etapa. Por enquanto, vamos ao Largo!

terça-feira, 14 de junho de 2011

Um ídolo na terra da Rainha



Homem visitou 45 mil pubs britânicos e consumiu 25 mil litros de cerveja
Um tipo de tour que até estudantes jovens talvez hesitariam em fazer, vem sendo realizado por um senhor de 66 anos. Bruce Masters planeja entrar para o Livro dos Recordes com uma jornada que começou em 1960: visitar o maior número de pubs britânicos.

Em 51 anos, ele percorreu milhões de quilômetros - tudo de trem - e consumiu cerca de 25 mil litros de cerveja. Fã da bebida, mantém um banco de dados em seu computador sobre os lugares visitados, incluindo aqueles que ficam na saída de aeroportos e nas estações de trem.

Sua última parada foi no pub "Hole In The Wall", que fica em Portsmouth, o bar de número 45 mil que visitou. Última até agora, pois ele não pretende finalizar sua odisseia etílica tão cedo.

"Há ainda um grande número de pubs que não fui. Acredito que, se tiver que fazer algo valer a pena, tem que fazê-lo corretamente", afirmou Masters ao site "Metro.co.uk".

Apesar de ter ido aos quatro cantos do Reino Unido, seus dois pubs favoritos estão na cidade de Flitwick, em Bedfordshire, que é sua cidade natal: o "Bumble Bee" e "The Swan".

Masters admite que sua mulher, Violet, não é grande fã de seu recorde. "O que importa é que ela não me impede de fazer isso. Simplesmente prefere ficar em casa", finaliza.
FONTE: UOL NOTÍCIAS - TABLÓIDE (14/06/2011)
Link Original: http://noticias.uol.com.br/tabloide/tabloideanas/2011/06/14/homem-de-66-anos-visitou-45-mil-pubs-britanicos-e-quer-entrar-para-o-livro-dos-recordes.jhtm

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Valeu, Bello!


Obrigado por ter trazido, durante tantos anos, o humor logo nas primeiras horas do dia, sempre que abríamos o Tribuna de Minas!

terça-feira, 7 de junho de 2011

Vista Serrana



Quer comer uma deliciosa costela e tomar uma cerveja gelada na Zona Sul sem “quebrar a firma”?
Suba a Dom Viçoso e despreze os caríssimos bares do Alto dos Passos. No final da Dom Viçoso, vire à direita e siga adiante (não titubeie e não olhe pra trás, senão você vai virar uma estátua de sal) Entre na segunda rua à direita: Onofre Mendes.
Próximo à esquina está a melhor costela da Zona Sul, o Restaurante e Pizzaria Vista Serrana, ou simplesmente “Zé Costela”.
Um bar que parece ter surgido na varanda de uma casa simples estende suas mesas pela calçada, coberta por um toldo pra proteção nos dias de sol.
Mesas de plástico dão o tom de buteco ao lugar. Sem frescuras, bom dizer.
Já dentro do bar, num salão aberto, separado da rua por uma grade, sentimos o aconchego de estarmos protegidos naquela noite friorenta e com muita ventania.
Pra começar, o serviço do lugar é muito bacana. Rapidamente fomos atendidos pelo gentil garçom. Já pedimos a costela, cerveja e vinho.
O vinho veio num belo copo, tipo caldereta, sem aquela miséria de tacinhas servidas nos bares por aí.
A cerveja, meus amigos, estava ESTUPIDAMENTE gelada, com o amado e querido “véu de noiva”, ou “mofada”, como digo. E o freezer havia sido desligado às 18 horas! (já eram umas 23h quando chegamos lá).
Não demora muito e chega a costela na pedra.
Meus caros, se você está acostumado com aquela porção do Gaúcho de São Pedro, esqueça. Aqui, pra começar, a pedra é BEM maior do que a que servem no Gaúcho, e a costela não vem empilhada sobre um monte de cebola, pra dar volume, como lá. Na porção do Vista Serrana, vem MUITA costela mesmo, e a cebola acompanha, é claro, mas por cima, como complemento somente.
E para acompanhar chegam, em quantidade generosa: arroz, vinagrete, batatas fritas, farofa e pão de alho.
Tudo MUITO gostoso e caprichado.
Estávamos em duas mesas e quase não coube tudo que nos foi servido sobre elas.
Comemos até nos fartar.
Bebemos mais algumas cervejas e, devido ao frio da recém chegada madrugada, decidimos ir embora. Felizes da vida, não por acaso.
Vou “ser obrigado” a voltar, num dia de manhã, pra verificar se a “Vista Serrana” existe, de fato. Como o bar é no Mundo Novo, certamente deve ter um bom visual pra contemplar enquanto tomamos uma cerveja gelada pra “refrescar” a garganta.

Miraí, pintando por aí!


Num muro do Manoel Honório, o Bibendum da Michelin parece mais com um personagem do Mundo Bizarro ou mesmo uma versão dele para a segunda temporada de Walking Dead. Confira:

sábado, 4 de junho de 2011

Skinão e a lembrança de um sábado de carnaval.



Sexta Feira. Enquanto espero calmamente pelo horário de buscar uma peça de roupa na costureira da Michelle, vago pela Getúlio Vargas para passar o tempo. Eram 18h30 e os butecos estavam abarrotados. Dou uma olhada no Três Irmãos, que fica em frente ao Mister Shopping e penso que lá é o tal bar que mais vende cerveja em Juiz de Fora. Sigo e entro na Floriano. Dou uma conferida no Chico Cara Feia. Lá há um balcão com tamboretes, o que me agrada pra uma cerveja rápida, mas também estava lotado.
Desço um pouco mais a Floriano e lembro-me do Skinão. Num destes carnavais, num sábado pela manhã, passei por lá e descobri que o lugar era o ponto de encontro de um bloco de carnaval, denominado “Pintinho de Ouro”. Naquele dia, o bar estava lotado, mas o atendimento era bom e a estufa estava repleta de tira gosto de buteco, inclusive um pernil de fazer babar...
Como o bar é amplo, bem arejado e tem uma calçada larga com mesas nos dois sentidos da esquina, estava mais tranqüilo e pareceu o lugar ideal pra tomar uma cerveja e “render o tempo”.
Em frente ao bar há um depósito de reciclagem, e penso que o pessoal vende suas latas e papelão e passa por ali pra “tomar uma” e “esquentar o peito”, depois de um dia de árduo serviço. É realmente o que acontece por lá.
Entrando no bar sinto que paira no ar o cheiro forte de cachaça. Acomodo-me no balcão, que não tem bancos, e peço minha cerveja. Noto que a estufa está um tanto vazia, se comparada à minha visita anterior. O bar está um tanto descuidado, desorganizado até.
Descubro, pouco mais tarde, que o dono está no comando há pouco mais de sete meses.
Na estufa, em bandejas, estão postadas lingüiças finas, cortada em pequenos gomos. Mandioca frita, em grandes pedaços. Figuinho de galinha meio desmanchado, com aspecto de farofa. Dobradinha ao molho de tomate com cebolas e moela de frango.
Pela bandeja repleta, sinal de que foi preparado recentemente, opto pela dobradinha, acompanhada por uns pedaços de moela de frango, tira gosto que aprecio muito.
A cerveja poderia estar um pouco mais gelada. Sabem quando abrimos a tampa e notamos a espuma formar-se dentro do gargalo? Era isso aí.
O tira gosto estava bom. A moela bem cozida e a dobradinha saborosa. (moela é um prato matreiro, deve ser feita na pressão com paciência e atenção, senão fica dura e estraga o tira gosto).
O Luiz, dono do bar, tem mais aparência de freguês da casa do que de dono: rosto vermelho e um tanto inchado, manca como se tivesse com uma gota fincando no joelho. Boa pessoa, quando viu meu interesse pelo buteco, foi atencioso, respondeu minhas perguntas e convidou-me a retornar mais vezes.
De forma geral, é um lugar bacana pra tomar uma cerveja rápida, como eu queria. Mas como por lá há uma jukebox, e alguém insistia em colocar as músicas mais populares da face da terra, “dei meu jeito” e fui embora.
Ficou na lembrança aquela estufa repleta do sábado de carnaval. Uma pena não existir mais.
(O buteco fica na Floriano Peixoto, esquina com Hipólito Caron.)

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Bar Rainha





Quinta feira braba! Ainda sob o efeito da ressaca da péssima Bavária que foi a companhia da noite anterior pra assistir ao jogo do Vasco na TV e deixou minha cabeça do tamanho de Júpiter, termino o expediente e saio com o “salvo conduto” expedido por Michelle, que foi enviada a BH com a intenção de trazer-me uma garrafa de Providência.
Sem muitas idéias do que fazer, salvo levar a Maroca pra passear na rua, vou me deixando ir para o centro, e logo me vejo entrando na Rua São João, pós Batista, em frente um dos butecos que mais vendem cerveja em JF (Sério! Dizem que só um bar na Getúlio Vargas vende maior quantidade): Estou no Rainha!
Súdito que sou, me lembro de várias visitas com a galera da Tribo Carijó, torcida que tenho a honra de ter participado da fundação. Muitos pré jogos e até confraternizações com torcidas visitantes aconteceram ali. Até reuniões importantes de organização tiveram o Rainha como ponto de encontro.
(Lembro da Red Bugre pendurada nas marquises colocando suas bandeiras numa sexta feira de carnaval, a bateria dava o tom da data festiva, mas era SÓ mais uma jogo. Depois só me lembro da chuva no estádio. Uma salve pros amigos de Divinópolis!)
Mas vamos falar do Rainha: eu quase não acreditei quando o Rui, comandante do balcão, me disse que são apenas dez anos de bar. Acho que ele está enganado. O Rainha parece ter sempre existido. Tem cara de buteco tradicional tanto pela localização quanto pela clientela cativa. Cerveja SEMPRE gelada, bom atendimento e tira gostos espalhados numa estufa que também serve de balcão.
E por lá estavam o sempre presente torresmo, ladeado pela lingüiça e batatas, o pernil estava chamativo, e o meu preferido, o figuinho de galinha, chamava pelo meu nome, em coro com a dobradinha ao molho.
Entro no bar, que a esta hora já esticava suas mesas pela calçada, e me acomodo no balcão de ardósia, Logo acima, um enorme espelho ajuda a distribuir a luminosidade e no aumento da dimensão do espaço. Ao fundo, uma TV sempre transmite um esporte, normalmente futebol, mas hoje era uma partida de vôlei, salvo engano, da famigerada Cuba contra a enjoada Itália.
O fundo do bar lembra um pub por conta do teto, pois lá há uma sobreloja que deve ser o estoque. Ao fundo estão os banheiros, junto às caixas de cerveja e aos freezers. Coisa boa foi terem acabado com as maquininhas de aposta que lotavam aquele ambiente ao fundo. O fundo do bar casou bem com os freezers e deixou o corredor de acesso ao bar mais claro e arejado. As mesas de madeira, quase negra, ficaram bacanas demais.
Coloco-me ao fundo do balcão, perto da minúscula cozinha e peço minha cerveja, uma Jurubeba pra ajudar o estômago baleado pela noite anterior, e meia dúzia de figuinho de galinha, acebolado.
Maravilha.
Sinceramente, figuinho melhor do que esse só o da mamãe mesmo. Coisa fina. Tempero e temperatura corretos. Textura e sabor inigualáveis. Iguaria divina, senhores.
Como disse, a dobradinha também chamava pelo meu nome, e logo chegou ao balcão. Sinceramente, estava saborosa e com pedaços “fiapentos”, daqueles que insistem em agarrar entre os dentes. Para quem não gosta, desculpe-me pelos detalhes, mas é assim que deve ser. Pena que passaram ela pelas microondas, coisa lamentável que já disse detestar. Nem precisava, mas...
Neste ínterim, por lá passaram conhecidos, gente que tomava uma cachaça e ia embora, ou mesmo só uma lata de cerveja. Converso algumas palavras com o Rui e me despeço. A ele conto que o blog está num período de visitação, cujas fases chamamos inicialmente de “etapas”, mas que agora penso que devem ser rebatizadas para “ciclos”, porque bares como este deve ser sempre revisitado, para nosso próprio bem.
Não se esqueça. Lá tem o melhor pão com carne de Juiz de Fora. E se estiver cheio, há ainda o Rei e a Princesa, filiais do querido Rainha. E por aí vem o Príncipe. Se fosse algo ruim, não abria “franquias”. Tenho dito.
São João, quase esquina com Batista. Funciona das 08h até o último cliente, “desde que ele não seja chato”.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Beber em casa, uma verdadeira arte! By Rodrigo Amaral

Estou aqui em casa pensando no que posso compartilhar com os leitores desse cara que é meu quase ídolo na bebida (entende tudo, mas ainda num acompanha meu pai na cachaça, rs).
Então falarei sobre a única coisa que eu ainda não li nesse blog, beber em casa!
Isso pra mim é uma arte, pois geralmente você acaba sozinho. O que pode ser bom, mas geralmente é ruim. Portanto tratarei de trilha sonora pra se beber em casa. E pra você que pensa que é fácil, bem eu penso o contrário. Tudo depende do que você quer beber. Só falarei de rock pois é o único estilo q eu conheço, samba eu deixo com o Airton que sabe infinitas vezes mais que eu!
Mas voltando, se quiser beber em casa uma cervejinha pra acalmar o fds eu nem sugiro um rock não, procure algo mais suave como Clube da Esquina. Sempre ótimo com cerveja. Se tiver companhia feminina, abra um vinho! É ótimo!
Maaas, essa não é minha alçada, meu negócio é muito álcool e mais decibéis ainda na cabeça!
Quer beber cerveja até cair, mas sem sair de casa? Daria muitas dicas, mas fique com o rock progressivo do Supertramp, o animado som do Creedence (banda perfeita na minha opinião), ou algo do estilo, mas sempre mais calmo. Quer beber algo mais forte, uma cachaça?, sugiro uma volta às nossas tradições, um rock rural com Sá, Rodrix e Guarabyra! Se a pedida é uma vodca não existe nada mais animado que o Deep Purple, Black Sabbath, algo mais pesado que acompanhe sua onda. Mas se você tem bala na agulha e bebe um uísque, lhes apresento as melhores bandas pra se ouvir sozinho em casa. Fazem parte do movimento sulista do rock americano. São aquelas que te empolgam mas te “ninam”, como seu intuito é beber sem sair de casa elas se tornam perfeitas, mas elas funcionam muito bem quando você as leva pra fora também, inclusive num churrasco não costumam ser recusadas. Lynyrd Skynyrd e Allman Brothers Band representam o melhor do rock do Sul dos Eua e combinados com um Jack Daniels costumam ser tiro e queda.
Bom, eu como um bom brasileiro, prefiro a cachaça! Mas misturio tudo ouvindo Led Zeppelin. Nunca fui um “bom” bebedor! Sempre misturo tudo. Mas essas dicas de música são baseadas em 2 anos de pesquisa sobre preferências de bêbados! Hehehehe
AH Raul seixas também entra mas foi ignorado porquê todos citaram na minha pesquisa informal!

Churrasco do Boi



Já no mergulhão, paramos num trailer, escolhido para fechar o dia de butecagem.
O Churrasco do Boi oferece churrasco, obviamente, mas preparado na chapa. Carnes de todo tipo, além de caldos e outras porções.
Fiquei curioso, porque no trailer só há um grande chapa e uma fritadeira. Fui informado que eles contam com uma cozinha, que fica anexa ao posto Salgado.
Fiquei mais satisfeito ainda por saber que eles voltaram a fazer o bom mexido que me levou a parar algumas vezes por lá, à noite, para jantar.
O lugar é bacana, amplo, com estacionamento grande ao lado, porém, como nos disse o atencioso Willian, eles enfrentam problemas com vendedores de carros que ocupam as vagas por todo o dia, atrapalhando o movimento do bar.
Outro movimento que chama a atenção é o do trem de ferro, que passa ao lado, e interrompe qualquer conversa quando a máquina chega apitando. Achei bacana.
Como disse, o William foi deveras atencioso, e dele recebemos a indicação de um file com fritas e pão de alho. Como já estávamos com fome, mandamos ver. Feito na chapa e servido na pedra, chegou a nossa mesa, primeiro, o pão de alho e logo após a carne com batatas.
Não era algo que primava pelo “sabor inigualável”, mas estava saboroso e servido numa porção generosa. Comemos, os quatro, fartamente.
Felizes por terminar o dia daquela forma, só ficamos pendentes de voltar lá e tomarmos a “Pinga do Seu Neném” que, infelizmente, havia acabado naquele dia. Curioso mesmo é que esse trailer foi o único bar que nos ofereceu uma pinga da casa, fora dos padrões de cachaças industrializadas que existem por aí.
Voltaremos, pois.
O bar fica na Rio Branco, próximo ao Mergulhão e funciona de Se a Sex de 16h às 12 h e Sab de 10h até o último freguês. Dom de 16h até 01h.

Primor



Já do outro lado do Rio Paraibuna, fomos ao Primor. Bar antigo, já foi reduto da torcida Galoucura de Juiz de Fora, que lá se reunia pra ver os jogos do Clube Atlético Mineiro.
Ao lado de alguns salões de forró, parece que tem tudo pra ser um buteco, literalmente.
Mas também não é. Serve almoço self service com preço fixo. Tem uma bela cozinha industrial. Mas na estufa, basicamente salgados. Um torresmo de tira estava fazendo figuração por lá, e diz o dono, Eduardo, que às vezes eles também colocam frango assado como tira gosto. É pouco, principalmente se eu lhes contar que aquele torresmo frio, borrachento e grudento se manteve na minha memória estomacal pelo resto do dia. Sorte nossa que levamos minha fiel e inseparável vira-latas, a Maroca, que curte um bom osso de costela ou mesmo aquele péssimo torresmo, pra variar sua ração. Não se queixem comigo sobre o hábito de dar este tipo de coisa pra minha cadelinha: ela é criada na base de Pedigree e é muito bem cuidada.
Uma coisa que achei engraçada: o cara me serviu o torresmo com um quarto de limão, novamente dividido em quatro partes. Fiquei imaginando como deve ser a caipirinha daquele lugar. Devem usar pó de refresco.
Converso com o dono, na verdade, filho do dono do bar, que está dentro de um “aquário”, o caixa do bar. Sentado não: prostrado. E assim me atendeu, sem dar muita importância a nossa visita. Sugeriu que falássemos com seu pai, mas como eram poucas as perguntas, ele foi nos respondendo desinteressadamente, enquanto recebia o pagamento dos clientes pelo almoço.
Por lá há uma chapa, e o que eles servem à noite, como tira gosto, são espetinhos de carne. Há uma fritadeira, mas destina-se somente a salgados, pelo que entendemos.
Como não há nota a dar, fomos embora após pagar nossa cerveja e “derrubar” os torresmos pra Maroca. Estomago de cachorro é foda, pensei comigo naquele momento.
O bar fica na Rio Branco, n.º 840 e funciona das 07h as 12h

Point Bar



Atravessamos novamente a Rio Branco, em direção ao lado par da avenida. Em frente ao Del está o Point Bar, que antes se chamava Noturnos. Há pouco mais de 3 anos o Éderson, de Senador Firmino, está tocando o bar com seus sócios. Com as mesas na calçada e um bom toldo pra proteger nas noites de frio ou chuva, o lugar não pode ser classificado como buteco: é um bar e restaurante. Tem até uma estufa de salgados e um cardápio com porções, além de caldos e mexidos. Mas não é um lugar para se butecar. Como disse o Rodrigo, pode ser um lugar pra tomar uma cerveja num dia de sol, olhando o movimento, ou mesmo levar uma namorada pra jantar. Mas não tem cara nem jeito de buteco.
Aliás, a única coisa que remete a buteco por lá é um belo quadro de São Jorge na parede.
Mas é só, e por isso não ficamos muito e preferimos seguir nossa busca pelo buteco perfeito.
O bar fica na Rio Branco, Pc Alfredo Lage – Manoel Honório. Funciona das 11h até as 01h

Del



Del, o 24 horas que só abre lá pelo meio dia.
O Del está na praça Alfredo Lage. No passada, funcionava 24 horas. NO sábado da visita, só abriu ao meio dia. Sozinho, o Manoel, responsável pelo buteco, nos explicou que arrendou o bar há três meses, e que deve fechar o mesmo pra reforma em breve. Precisa mesmo. O lugar está muito detonado e feio. Já teve dias de glória, funcionando ininterruptamente, ficava lotado madrugada afora. Hoje, um toldo caindo ainda tem a inscrição 24 horas, e o lugar está, na maioria das vezes, vazio.
Numa estufa, em cima do balcão, só há salgados. Um vasto cardápio apresenta porções, sanduíches e outras comidas e bebidas. Uma coisa que me chamou a atenção no cardápio foi um sub item em bebidas, denominado “Traçado”. São as tradicionais misturas de bebidas, mas que eu nunca havia visto exemplificadas numa cardápio de bar.
O buteco coloca suas mesas na praça, em frente a banca de jornal. Por ali você vê o movimento da Governador Valadares e da Rio Branco, as crianças brincando na praça, um tanto suja e mal cuidada. À noite, lá vira reduto dos adolescentes da região.
Sem atrativos, ficamos esperando um pouco mais pela chegada de mais duas convivas desta caminhada de sábado.
Não havia muito o que fazer por lá, só queríamos seguir adiante e ver se algum outro buteco poderia nos surpreender naquele dia.
Sorte ao Manoel, que ele consiga reerguer o lugar e voltar a ter sua casa cheia e alegre.
O bar fica na Rio Branco, Pc Alfredo Lage – Manoel Honório. Funciona das 12h até o último cliente.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Ribran Lanches



Continuando nossa árdua tarefa, atravessamos a Rio Branco pro lado ímpar, sentido Centro/Manoel Honório.
Na esquina da Rio Branco com a Américo Lobo está o Ribran. Bar com 40 anos de idade e que deve ter muita história pra contar.
Eu sempre quis parar por ali. Dá pra ver da rua uma grande estufa de vidro, daquelas incorporadas ao balcão, em que se toma a cerveja sobre o vidro onde ficam os tira gostos. Pequenas banquetas fixas são a opção de assento. É, particularmente, minha opção preferida: ficar sentado no balcão, conversando com o dono do bar e vendo o serviço dos clientes acontecendo. O balcão corre por todo o bar, e há banquetas dos dois lados, sendo o atendimento realizado por uma única pessoa, que circula pelo meio do bar. Ao fundo há uma cozinha, preparando refeições, tira gostos e salgados.
Sob a nossa cerveja, já aberta, há porções de dobradinha ao molho, costelinha, lingüiça, fígado de galinha, uma solitária fatia de pizza, almôndegas, batatas cozidas e bifes de frango acebolado. Ao lado, há uma estufa com salgados.
Até aqui, pelo que vocês leram, parece tudo bom e normal.
Não é a realidade. Eu julgo que o melhor cartão de visita de um buteco é o bom atendimento, o que não ocorreu conosco.
Ao nos apresentarmos o atendente logo virou as costas e falou que era melhor voltar outra hora e conversar com o seu irmão, Geraldo.
Com cara de poucos amigos e um pano de prato pendurado no ombro, o atendente deixou-nos “no vácuo” e foi tratar de outras coisas, sem que nem ao menos tivéssemos tempo de explicar-lhe que queríamos tomar uma cerveja e comer um tira gosto, e que as poucas perguntas poderiam ser respondidas por ele mesmo.
Este senhor chama-se Geraldino, e diz ser irmão do Geraldo, que responde pelo bar.
Pedimos a cerveja, quase tendo que gritar para tanto. Servidos, nos olhamos e pensamos: puta merda, vai ser foda tentar ser isento a partir de agora.
Brincamos com um fornecedor de cerveja do buteco que por lá estava, perguntando se o Geraldino sempre era assim, mal humorado. Ele consentiu, aos risos.
A cozinheira deixa a cozinha e vai até a estufa, onde estávamos. Dá uma olhada nos tira gostos. Pergunto, simpaticamente, se estava tudo bem e se teríamos algum outro tira gosto saindo da cozinha. Sou novamente ignorado.
Quase não acredito naquilo. Parece que o atendimento nada simpático e característica da casa.
Pra coroar toda essa lambança, pedimos uma batata cozida com molho pra tirar o gosto e ver se pelo menos o tempero da casa seria bom.
O Geraldino escolhe duas batatas e, para nossa surpresa, enfia as mesmas num microondas pra esquentar.
Meus caros, como diz aquela máxima já comum nas redes sociais: quer me foder, me beija! Tira gosto que vai pro microondas antes de ser servido de cu é rola.
Acabou por ali. Estávamos pilhados e aquele último ato foi de lascar. Pedimos a conta e corremos do lugar, certamente, pra nunca mais voltar.
Se você quiser tentar a sorte, o bar fica na Avenida Rio Branco, n.º 469 e funciona das 05h30 até as 23h

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Mercearia Souza Faria



Seu João morreu, o que é triste. Mas o que nos conforta é que o Marcelo, seu filho, optou por dar seqüência ao buteco, mantendo uma tradição que tem mais de 50 anos.
Segundo ele, seu avô, Orestes, foi um dos fundadores do Pró-Copão, que teria iniciado como uma barbearia e depois tornou-se uma mercearia e bar. E seu pai seguiu a tradição da família de tocar butecos e mercearias, depois de passar pelo ramo têxtil.
Esta tradição que se apresenta neste buteco com o piso xadrez, baleiro de vidro e balcão com suas velhas marcas do tempo. Prateleiras que justificam o nome de mercearia, pois guardam os mais diversos tipos de produtos, embora em menor escala do que já foi no passado. Alguma coisa por lá remete ao time do Botafogo, time do saudoso João e do Marcelo, mas há menos quadros e pôsteres do que já houve por ali.
As mesas de madeira combinaram muito bem com o lugar. Idéia do Marcelo. Ele também alimenta a intenção de reformar o lugar, depois de resolvidos os inventários. Pedi a ele que, ao menos, mantenha as características de buteco. Parece que ele concordou. Mas o nome vai mudar, infelizmente.
Junto ao balcão há dois freezeres horizontais, um serve de anexo pro balcão e o outro está abarrotado de cerveja. Os tira gostos são os comuns, preparados na casa do Marcelo e pra lá levados pela esposa do mesmo. Não há cozinha no buteco.
Na parede há uma TV, Mas ela foi desligada naquele dia e substituída por um bom rock setentista. E foi nesse clima de buteco, com boa música tocando, que deixamos o endereço e seguimos pela Rio Branco pensando: ah se nós tivéssemos um bar assim...
O bar se localiza na Av. Rio Branco, n.º 300 e funciona das 08h30 às 21h.

Bar Flores



Colado no Buteco da Esquina, na rua Alves Jr, está o pequeno e aprazível Bar Flores, de propriedade do Sr. Sebastião. Com uma história de 39 anos só com este proprietário (no total são mais de 60 anos), o bar se mantém firme e forte naquele ponto, mesmo não tendo grande estrutura: um pequeno espaço dividido ao meio pelo balcão dá ao bar a característica de “buteco bunda de fora”: o cliente fica entre o balcão e a porta do bar, não havendo mesas ou mesmo banquetas neste pequeno espaço.
Cerveja aberta, copos cheios, vamos verificar a estufa e suas iguarias: a especialidade da casa é a orelha de porco. Cozida e bem temperada, derrete na boca, um tira gosto típico, mas nem sempre encontrado nos butecos de nossa cidade. Mais duas travessas de fígado de galinha e uma boa porção de pastéis, daqueles que a gente faz em casa.
Pra ser sincero, eu acho que não precisava de mais nada.
O bar não conta com cozinha, e a chapa está desativada. O que ali se come é preparado na casa do dono.
À direita está o banheiro do bar e acima uma TV que transmite jogos do futebol.
Ao lado da TV uma série de troféus do Estrelado, time da região que ali deposita seus títulos e comemora suas vitórias.
Não imagino lugar melhor pra ver um jogo numa quarta feira. Encostado num balcão, com o freezer na minha frente, uma estufa com tira gostos de buteco e com uma boa companhia pra jogar conversa fora. Se o jogo estiver ruim, vira-se de costas pro balcão e miramos a Rio Branco, vendo a vida passar. Só faltava uma banqueta pra descansar as pernas...
Se alguém ficar animado com a descrição acima, não perca tempo: o Campeonato Brasileiro começou e o seu Sebastião estará por lá, com seu olhar distante e com as mãos dentro dos bolsos, esperando pra abrir sua cerveja.
O bar fica na Alves Jr, n.º 11, quase esquina coma Av Rio Branco, e funciona das 10h até a 01h.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Boteco da Esquina




Tudo na vida traz uma lição (Não é bem assim, eu sei, mas eu queria mesmo era começar o texto com uma frase de efeito)
Eis que marcamos o sábado, no matutino horário de 09h30 pra começar a visitação dos bares.
Não nos lembramos que um buteco, normalmente, não tem hora pra fechar e, conseqüentemente, não podemos exigir que ele seja rigoroso com seus horários de abertura.
Os primeiros bares de nossa lista estavam fechados nesse horário. Pra ser mais exato, dos 9 bares programados, 4 ainda estavam fechados.
Fica a dica pra próxima etapa: visitas agendadas para a parte da tarde.
Mas comecemos a falar do que interessa: o primeiro bar da Avenida Barão do Rio Branco e grande surpresa da lista: O Boteco da Esquina.
Nome sugestivo e, obviamente, condizente com o lugar, esquina da Alves Jr com a Rio Branco.
Bar de uma porta só, com mesas coladas nas paredes, tipo bancada, banquetas e ainda mesas móveis na rua.
O espaço está dividido em dois ambientes: o salão do bar, onde fica o balcão com a estufa e a cozinha, e outro salão logo abaixo, com a mesa de sinuca e os banheiros.
No avançar da noite, o Sr Luiz disse que a turma mais animada liga a música e arrasta o pé ali mesmo no salão, felizes da vida.
Limpo e organizado, o bar tem sua boa aparência reforçada pelo bom atendimento que recebemos. A Sra Alda e o Sr Luiz, que acabaram de abrir as portas naquele dia, pararam tudo para conversar conosco.
Mostraram o lugar, deram a dica da cerveja que estava mais gelada e serviram o tira gosto e a pinga com mel (da casa) ali mesmo no balcão, durante nossa conversa.
Nos mostraram as fotos das confraternizações do bar e a camisa do bloco de carnaval, que “concentra mais não sai”.
A freguesia é cativa e “família” como eles disseram. Servem almoço por lá, e preparam marmitex para entrega. A cozinha trabalha intensamente, quando necessário.
A especialidade da casa é o pescoço de frango, mas eles preparam mais porções e tira gostos conforme o gosto da freguesia.
A vontade de ficar era grande, mas a programação nos impedia de permanecer por mais tempo. Mas o lugar nos cativou, e certamente tomaremos mais algumas cervejas por lá.
Por fim, basta dizer que, dos bares visitados neste dia, este foi o melhor classificado. Sorte nossa.
O bar fica na Av. Rio Branco, esquina com Alves Jr (n.º 9), e funciona das 09h até o último cliente.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Estatísticas do Blog



1541 butequeiros brasileiros passaram por aqui, tomaram uma cachaça e seguiram felizes para casa;
153 moradores de Governador Valadares, residentes nos EUA, leram nossos artigos e ficaram com saudades de tomar uns GOLOS por aqui;
23 alemães, que trabalharam na Mercedes Benz e tiveram que voltar pra casa, leram o que aqui foi escrito, pra recordar o idioma;
16 portugueses nos visitaram procurando por receita de creme de pão doce, para usar nas padarias das terras de além mar;
9 Russos quiseram saber se nos nossos butecos bebemos vodka. Ya!
8 discípulos da Rainha queriam Guinnes nos butecos de Juiz de Fora, descobriram que não tinha e foram afogar as mágoas num pub londrino;
4 israelenses espionaram nossas ações e mandaram uma relatório completo para a Casa Branca;
4 turcos procuraram por “barentes” que tem lojas de tecidos nas imediações da Getúlio Vargas;
3 franceses quiseram vinhos nos butecos, mas tiveram que se contentar com uma Jurubeba;
3 Moçambicanos estiveram por aqui. Na verdade, estavam a procurar pela UFJF. Aproveitaram a passagem e tomaram uma cerveja conosco;
2 Gualtemaltecos visitaram o blog. Não sei o que queriam, mas eu gosto da palavra gualtemalteco, é quase tão esquisita quanto juizforano;
2 Indianos procuraram por informações sobre o Bahuan de Caminho das Indias, achando que o Marcio Garcia ainda morava por aqui;
1 Neo zelandês quis fazer uma tirolesa do Morro do Cristo ao calçadão;
E, finalmente, um Peruano veio atrás de todo mundo, menos eu, é claro.