quinta-feira, 28 de julho de 2011

Lanchonete Cascatinha



Na Avenida Paulo Japiassu Coelho, n.169, no bairro Cascatinha, exatamente ao lado da loja do Bahamas Verde, está o buteco com o maior número de tira gostos de estufa de Juiz de Fora, quissá do universo (bem, o universo é relativo...)
Na quarta feira, dia 27/08/2011, haviam por lá nada mais nada menos que 17 quitutes caprichosamente preparados e muito bem apresentados nos três (!) andares de opções da estufa.
Óbvio que não comemos todos e tampouco vou conseguir me lembrar de tudo que havia por lá, mas alguns desceram à nossa mesa e estavam perfeitos, sem qualquer objeção a sabor, aspecto, aroma, temperatura e “tal e coisa e coisa e tal”...
Jiló cozido, dobradinha, peito de boi e batatas cozidas foram nosso pedido inicial. Como falei com o amigo Erick, responsável pela indicação do local, “dois ‘legumes’ e duas carnes”, pra não parecermos carnívoros inveterados.
Servidos ao molho de tomate, adornados com cebolas e acompanhados de pão francês! Coisa linda!
Puta que o pariu. Tava boa pra caralho, diria eu, num linguajar butequeiro desprovido de finesse.
Enquanto comemos estas iguarias, observamos o ambiente: uma varanda com diversas mesas amarelas da Skol, cercados por uma mureta pintada de laranja que faz divisa com a rua. À direita ficam o balcão e as estufas. Importante mencionar que há uma estufa exclusiva para os pães. Há ainda outra estufa para os salgados. Atrás do balcão estão os freezers e uma infinidade de garrafas ornamentando as paredes.
À esquerda está o caixa, com os cigarros, balas e mais uma porção de coisas. Lá é um “buteco armazém”. Entrando na loja, atrás do caixa, figuram algumas prateleiras com produtos de todo tipo. Em frente as prateleiras fica a cozinha do lugar. Bom sinal, pois quitutes são preparados, aquecidos e sempre repostos durante todo o dia.
Na loja anexa ao bar, cujo acesso se dá pelo interior do mesmo, há um salão com mesa de sinuca e TV. Um espaço para caça níqueis e ao fundo o banheiro.
Ficamos na varanda, assistindo aos jogos de futebol numa bela TV. Vimos um pouco de Guarani/MG e Inter, pela Taça BH e ficamos com saudades de ir a Divinópolis assistir o clássico Tupi-guarani. Boas viagens estas. Achamos que na seqüência teríamos Grêmio (time do amigo Erick) e América, mas passou Botafogo e Avaí.
Com tanto futebol, a porção foi se acabando. Mas consentimos que não deveríamos sair dali sem provar do imenso pernil que figurava na vitrine e que nos deu as boas vindas ao bar tão logo chegamos lá.
Ele veio à mesa cortado grosseiramente e coberto de cebolas levemente “assustadas” no fogo na panela. Estava tenro e bem temperado, com a parte externa levemente torrada, desfiando na hora que mastigávamos os pedaços de carne.
E desta forma fomos entendendo nossa permanência na casa, sorvendo nossas Brahmas e apreciando o lugar. O jogo acabou, na seqüência vimos um bom pedaço do jogo do Santos e Flamengo e então decidimos seguir nosso caminho com a certeza de voltar, mas com o cuidado de chegar bem cedo, pra termos oportunidade de comer mais variedades dos apreciáveis tira gostos da casa.
De fato, um excelente buteco, digno de todos os elogios. Pra corroborar com esta opinião, por lá passou Mateus Casadio, bom amigo, deverás conhecedor e apreciador da baixa gastronomia. Recomendou a feijoada de sábado.
E o saudoso cartunista Belo, que lá sempre tomou suas cervejas e comeu seus acepipes, mereceu, na mureta em frente à estufa, uma placa em sua homenagem, “o cantinho do Bello”. Convenhamos, não tem como botar defeito num lugar como este.

Um comentário:

  1. Simplesmente genial. Um dos melhores botecos que conheço. Recomendo DEMAIS!

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